Ibovespa cai 0,73%, aos 107,6 mil pontos; Magazine Luiza (MGLU3) perde 6,4%

Ibovespa hoje fechou o pregão da quinta-feira (29) em queda de 0,73%, em 107.664,35 pontos, após oscilar entre 106.243,52 e 108.448,54 pontos. O giro financeiro foi de R$ 28,4 bilhões nesta quinta-feira. Na semana, cede 3,63% e, no mês, cai 1,70%, faltando apenas a sexta-feira para o encerramento de setembro. No ano, o ganho é limitado a 2,71%.

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Alinhado ao mau humor externo, o Ibovespa deu prosseguimento à correção deflagrada no fim da semana passada. Tendo encerrado a última quinta-feira (22) aos 114 mil pontos, em alta perto de 2% naquele dia e no melhor nível desde 20 de abril, o índice desde então teve quatro perdas em cinco sessões, considerando a pausa da quarta-feira (+0,07%).

Agora abaixo dos 108 mil pontos, o nível de fechamento desta quinta-feira foi o menor desde 5 de agosto, então aos 106.471.92 pontos naquela sessão.

“As taxas de juros até que se comportaram bem por aqui (à tarde), no Brasil, fechando nos vértices de 24, 25, e também no vértice um pouco mais longo, de 27, com movimento pequeno de 4 a 5 ‘basis’, dependendo do vértice”, diz Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo Investimentos.

“Mas pela manhã teve alguma pressão nos juros (futuros), devido ao mercado lá fora, que não esteve muito favorável hoje, ainda nervoso com a dinâmica de atividade nos Estados Unidos – hoje, os dados de pedidos de auxílio-desemprego ficaram abaixo do esperado, em sinal de mercado de trabalho muito aquecido ainda -, o que se combinou a novas declarações de dirigentes regionais do Fed, como Bullard (St. Louis) e Mester (Cleveland), sobre a continuidade do ciclo de alta de juros no país”, acrescenta o economista, destacando também a realização nas bolsas de fora, com o ambiente externo desfavorável.

Em Nova York, “o S&P 500 caiu bastante forte”, diz Luiz Adriano Martinez, portfólio manager da Kilima Asset. “Há uma aversão a risco global, com duas causas principais: a alta de juros mais agressiva que o Federal Reserve está implementando na economia americana, deixando claro que vai subir os juros até que a inflação fique controlada, o que resulta em venda de ativos de risco no mundo inteiro; e há também a questão geopolítica, mais complicada com a anexação pela Rússia de áreas na Ucrânia (após plebiscito contestado pela comunidade internacional), o que leva o petróleo a ter comportamento diferente de outras commodities”, acrescenta o gestor, referindo-se a potencial efeito sobre as condições de oferta.

Assim, com o petróleo em ajuste discreto na sessão, o segmento de energia caía nesta quinta à tarde menos do que a média de outros setores em Nova York, mesmo aqueles considerados mais resilientes, como o de utilities, observa Martinez.

Bolsas de Nova York

Os mercados acionários de Nova York registraram queda nesta quinta. A situação econômica dos Estados Unidos, em dia de nova leitura do Produto Interno Bruto (PIB), a postura do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) contra a inflação e também notícias corporativas contribuíram para o movimento, com as ações da Meta e da Apple em baixa significativa.

  • Dow Jones: -1,54%, aos 29.225,61 pontos;
  • S&P 500: -2,11%, aos 3.719,04 pontos;
  • Nasdaq: -2,84%, aos 10.737,51 pontos.

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dólar à vista fechou em alta de 0,86%, a R$ 5,3955, após oscilar entre R$ 5,3740 e R$ 5,4292.

Os contratos futuros de petróleo registraram fechamento negativo. Houve certa volatilidade, com a commodity chegando a avançar após a notícia de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) pode reduzir sua oferta. Ao mesmo tempo, continuavam preocupações com a economia global, em contexto de aperto monetário de muitos bancos centrais, e seu consequente impacto na demanda.

O petróleo WTI para novembro fechou em baixa de 1,12% (US$ 0,92), em US$ 81,23 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro recuou 0,99% (US$ 0,87), a US$ 87,18 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O ouro registrou queda, nesta quinta-feira, após alternar entre perdas e ganhos ao longo do dia. Investidores continuaram a monitorar notícias do setor e também outros temas, como o risco de recessão global e o câmbio.

O ouro para dezembro fechou em baixa de 0,08%, em US$ 1.668,60 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

No Ibovespa hoje, a sessão foi de poucos e contidos ganhos. Os papéis de bancos se destacaram entre as maiores altas do dia, com Itaú (ITUB4) liderando, com +1,49%.

Também figuraram o ranking positivo Itaúsa (ITSA4), com alta de 1,26% e Bradesco (BBDC3, BBDC4), que subiu 1,06% e 0,76%, respectivamente. Já Banco do Brasil (BBAS3) cedeu 0,54% e Santander (SANB11) ficou perto da estabilidade, com +0,03%.

Ainda se destacou na lista Eneva (ENEV3), avançando 1,33%.

Já as blue chips tiveram elevação tímida, com Petrobras (PETR3, PETR4) registrando +0,09% e +0,14% nesta ordem, e Vale (VALE3), +0,13%.

Com a alta do dólar e dos juros futuros, os papéis de companhias aéreas e consumo sofrendo durante a sessão. A maior perda do dia foi para Azul (AZUL4), que recuou 8,79%, seguida por Gol (GOLL4), que cedeu 8,17% e CVC (CVCB3), que caiu 6,02%.

Entre as varejistas da lista, Americanas (AMER3) registrou -7,41%, Magazine Luiza (MGLU3) perdeu 6,47% e Via (VIIA3) desvalorizou 6,37%. Embraer (EMBR3) também se destacou no campo negativo, baixando 6,93%.

Maiores altas do Ibovespa:

Maiores baixas do Ibovespa:

Outras notícias que movimentaram o Ibovespa

Petrobras (PETR4): asfalto terá redução de 10,5% a partir de 1º de outubro

Petrobras (PETR4) anunciou nesta quinta (29) redução de 10,5% nos preços do asfalto em suas refinarias. É a terceira baixa seguida no preço do produto em dois meses.

Os novos valores da Petrobras para o asfalto passam a valer a partir de 1º de outubro, na tabela de preços atualizada mensalmente.

A estatal já havia reduzido os preços do asfalto em 6,4% este mês, após uma primeira queda de 4,5% em agosto. O movimento, disse a Petrobras em nota, “acompanha a evolução do mercado”.

Como de praxe em anúncios de reajustes de produtos refinados, a Petrobras informou que seu o método de precificação “busca o equilíbrio com o mercado e acompanha as variações do valor do produto e da taxa de câmbio, para cima e para baixo, mas sem repassar a volatilidade diária das cotações internacionais e do câmbio”.

A companhia reiterou que, no próximo dia 1º de outubro, vai ajustar também os preços de querosene de qviação (QAV) e da gasolina de aviação (GAV), com reduções de 0,84% e 5,9 % respectivamente. Esses ajustes de preços de QAV e GAV são mensais e definidos por meio de fórmula contratual negociada com as distribuidoras.

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Eletrobras (ELET3) estuda possíveis vendas de SPEs nas quais é minoritária

O presidente da Eletrobras (ELET3), Wilson Ferreira Júnior, disse nesta quinta-feira (29) que sua gestão estuda a venda de empresas em que o grupo tem participação, mas é minoritária.

CEO da Eletrobras disse que sua gestão vai priorizar ativos em que a companhia é controladora. As declarações foram dadas em coletiva de imprensa.

“Vamos estudar possíveis vendas de SPEs (sociedades de propósito específico), nas quais somos minoritários. Queremos ativos onde temos controle. Não somos investidores financeiros”, disse o executivo.

A fala vem em linha com as expectativas do mercado em relação à nova gestão da Eletrobras sobre ganho de eficiência. Não significa necessariamente um enxugamento da empresa, uma vez que um dos eixos de ação anunciados é o estudo de “novas avenidas de crescimento”, via leilões ou fusões e aquisições.

Na rota do ganho de eficiência, disse Ferreira Jr., estão mudanças no tamanho do corpo de funcionários. Ele disse que, já em novembro, será apresentado um plano de demissão voluntária (PDV) negociado pelos dirigentes que o antecederam.

Esse programa, afirmou, será voltado a funcionários “aposentados e aposentáveis” e abrirá espaço para a contratação de colaboradores mais jovens.

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Desempenho dos principais índices

Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:

  • Ibovespa hoje: -0,73%
  • IFIX hoje: -0,09%
  • IBRX hoje: -0,71%
  • SMLL hoje: -1,95%
  • IDIV hoje: -0,46%

Cotação do Ibovespa nesta quarta (28)

Ibovespa fechou o pregão da última quarta-feira (28) em alta de 0,07%, em 108.451,20 pontos.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Victória Anhesini

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