Ibovespa ganha fôlego, mas fecha abaixo dos 100 mil pontos; Petrobras (PETR4), Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) puxam alta
O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (27) em alta de 0,85% aos 99.670,47 pontos, após oscilar entre 98.833,08 e 99.996,57 pontos. O volume financeiro do dia somou R$ 21,3 bilhões.
A bolsa de valores hoje operou com ganhos, acompanhando o cenário externo positivo e com menor aversão ao risco. A compra do Silicon Valley Bank (SVB) pelo First Citizens trouxe fôlego ao mercado, em uma transação que envolveu a venda de US$ 119 bilhões em depósitos e US$ 72 bilhões em empréstimos do SVB, com um desconto de US$ 16,5 bilhões.
Sob esse cenário, as bolsas dos Estados Unidos e Europa refletiram o otimismo subindo logo na abertura. Apesar disso, o dólar hoje fechou em queda (-0,85%), a R$ 5,206, após oscilar entre R$ 5,2065 e R$ 5,2503. Em movimento contrário à moeda, as bolsas de Nova York fecharam com ganhos — com exceção da Nasdaq. Confira abaixo:
- Dow Jones: 0,61% (32.432,61 pontos);
- S&P500: 0,17% (3.977,75 pontos);
- Nasdaq: -0,47% (11.768,84 pontos).
Na bolsa brasileira, o mercado segue ansioso à espera do arcabouço fiscal. Como a viagem de Lula à China foi adiada, espera-se que o documento possa ser divulgado nos próximos dias. Para Ricardo Brasil, fundador da Gava Investimentos, a expectativa pela nova âncora fiscal está impactando e ajudando o Ibov a ficar abaixo dos 100 mil pontos.
“Apesar do otimismo com a divulgação, a bolsa segue sem força para ficar acima de 100 mil pontos. Precisamos de novidades sobre a questão fiscal e juros mais baixos para ver a bolsa subir, o que só deve vir a ocorrer em um cenário de inflação mais controlada. Enquanto tivermos juros altos, dificilmente, o Ibovespa irá deslanchar”, explica.
Entre as blue chips do Ibovespa, os ativos preferenciais e ordinários da Petrobras (PETR4;PETR3) acumularam ganhos com a alta do petróleo no mercado internacional. Enquanto as ações avançaram 1,71% e 1,52%, respectivamente, o brent para junho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), valorizou 4,25%, a US$ 77,76 o barril.
A Vale (VALE3) tentou seguir por caminho semelhante com a recuperação do minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, porém operou entre perdas e ganhos. Enquanto a commodity subiu 2,16%, a US$ 126,96 (873,50 iuanes), as ações da mineradora fecharam o Ibovespa com queda de 0,17%, cotada a R$ 78,54.
Entre os ativos bancários, o fechamento do pregão foi de ganhos. O Itaú (ITUB4) avançou 1,72%, o Santander (SANB11) subiu 0,70%, o Bradesco (BBDC4) teve alta de 1,81% e o Banco do Brasil (BBAS3) valorizou 0,05%.
Ainda na ponta positiva do Ibovespa, destaque para os papéis do varejo, como Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3), com a expectativa do novo arcabouço fiscal. Também subiram no índice as ações da Eletrobras (ELET6;ELET3), após a declaração do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, de que não há “espaço” para rever privatização.
Na ponta negativa do Ibovespa, o setor de educação performou com quedas dos papéis da Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3). “Hoje sairá o resultado da Anima (ANIM3) e o mercado parece estar pessimista com o balanço, o que pode estar impactando em outros papeis do setor, que sofre também com o cenário de juros altos”, pontua o fundador da Gava Investimentos.
Maiores altas do Ibovespa
- Prio (PRIO3): +4,43%
- Raizen (RAIZ4): +4,15%
- Braskem (BRKM5): +3,92%
- Cyrela (CYRE3): +3,81%
- Magazine Luiza (MGLU3): +3,41%
Maiores baixas do Ibovespa
- CVC (CVCB3): -5,43%
- YDUQS (YDUQ3): +3,18%
- Azul (AZUL4): -2,91%
- Klabin (KLBN11): -2,62%
- Locaweb (LWSA3): -2,34%
Cotação do Ibovespa nesta segunda-feira (27)
O Ibovespa fechou o pregão desta segunda-feira (27) em alta de 0,85% aos 99.670,47 pontos.