Grana na conta

Ibovespa sobe 0,31%, aos 117,5 mil pontos, na contramão de NY; Via (VIIA3) tem maior alta

Ibovespa hoje fechou a quinta-feira (6) em alta de 0,31%, aos 117.560,83 pontos, após oscilar entre 117.143,65 e 118.382,31. Faltando apenas o pregão de sexta-feira, a semana já acumula ganho de 6,84%, em desempenho não visto desde o começo de novembro de 2020, quando avançou 7,42% na primeira semana daquele mês. No ano, o índice da B3 sobe 12,15%. O giro desta quinta-feira foi a R$ 33,5 bilhões.

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Ainda na contramão de exterior negativo, o índice Bovespa alcançou nesta quinta-feira o quinto ganho consecutivo, estendendo sequência iniciada na última sexta-feira, antes do primeiro turno da eleição, e complementada nas quatro sessões seguintes com o entusiasmo em torno do perfil do Congresso eleito – especialmente o Senado – bem como pelo fôlego e mesmo vitória, no próprio domingo, de aliados ou simpatizantes do governo, nos Estados.

“O impacto a médio prazo deste corte na oferta ainda é incerto. Pelo lado ‘bearish’, pode-se dizer que um corte da Opep+ é um sinal de que existem preocupações significativas em torno da demanda global de petróleo e um aumento da capacidade de reserva da Opep+ retira parte do prêmio de escassez. No lado ‘bullish’, pode-se dizer que está sinalizando um forte desejo de apoiar os preços do petróleo, e qualquer oferta saindo do mercado é positiva para preços mais altos”, observa em nota Noah Barrett, analista de pesquisa de energia da Janus Henderson Investors.

“O mercado segue em compasso de observação, principalmente do cenário internacional. Hoje, o dado ruim sobre pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, acima do esperado, poderia ser lido de forma positiva, mostrando certa desaceleração (do mercado de trabalho) que contribui para a contenção da inflação. De algum forma, ajudou aqui, com o Ibovespa chegando a recuperar os 118 mil pontos durante a sessão”, diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

“Aqui dentro ainda tem a questão eleitoral. Cada vez mais Lula acena para o centro, atraindo outros nomes da economia em seu apoio, o que contribui para acalmar o mercado, dando uma certa previsibilidade, independente de ser considerada boa ou ruim”, acrescenta Moliterno. Ele observa que as pesquisas posteriores ao primeiro turno, mesmo nos casos em que mostram diferença de quatro pontos nos votos válidos entre Lula e Bolsonaro, na faixa de 52% a 48% para a decisão do dia 30, possivelmente ainda não espelham as movimentações políticas mais recentes.

Depois dos recentes apoios de André Lara Resende e de Arminio Fraga, outros nomes associados à estabilização da inflação no País nos anos 90 manifestaram apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste segundo turno: Edmar Bacha, um dos formuladores do Plano Real e economista histórico ligado ao PSDB; o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, dos anos FHC; e Persio Arida que, além da ligação com o Plano Real, presidiu o Banco Central no início do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso.

A vantagem de Lula nas pesquisas para o segundo turno contribuiu nesta quinta para o desempenho de ações do setor de educação, com a intenção afirmada pelo candidato do PT de retomar o Fies, caso venha a ser eleito.

“A melhora dos indicadores econômicos e o valuation atrativo favorecem os ativos de risco no Brasil. Mas, após quase 10% de valorização do índice Bovespa em cinco dias (desde a última sexta-feira), o momento é de atenção para encontrar alguma oportunidade que tenha ficado esquecida”, aponta Leandro De Checchi, analista da Clear Corretora.

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta quinta-feira, com atenção à postura do Federal Reserve (Fed) e expectativa pela publicação na sexta-feira do payroll (dado de emprego) dos Estados Unidos em setembro. Uma série de dirigentes da autoridade defendeu ao longo da sessão a necessidade de manter uma postura agressiva para tentar conter as pressões inflacionárias.

  • Dow Jones: -1,15%, aos 29.926,94 pontos;
  • S&P 500: -1,02%, aos 3.744,52 pontos;
  • Nasdaq: -0,68%, aos 11.073,31 pontos.

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dólar à vista fechou em alta de 0,50%, a R$ 5,2099, após oscilar entre R$ 5,1765 e R$ 5,2189

O petróleo fechou com ganhos, nesta quinta-feira, estendendo o movimento do dia anterior. O corte da quarta-feira na oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) ainda influía, com analistas em geral prevendo que a commodity siga apoiada no curto prazo, embora os Estados Unidos ameacem adotar medidas para contrabalançar a ação do grupo de produtores.

O contrato do petróleo WTI para novembro fechou em alta de 0,79% (US$ 0,69), em US$ 88,45 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro subiu 1,12% (US$ 1,05), a US$ 94,42 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O contrato mais líquido do ouro fechou estável nesta quinta-feira, em uma sessão na qual investidores estiveram atentos à postura do Federal Reserve (Fed). O dia contou com discursos de dirigentes da autoridade na véspera da divulgação do payroll dos Estados Unidos de setembro, que deverá oferecer sinalizações sobre os próximos passos do aperto monetário.

O ouro para dezembro fechou estável, em US$ 1.720,8 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

No Ibovespa hoje, as ações de empresas varejistas foram destaque nas maiores altas, apoiadas na deflação maior apurada em setembro pelo IGP-DI.

Na liderança das maiores altas, Via (VIIA3) valorizou 8,03%, acompanhada de Magazine Luiza (MGLU3), com +4,88% e Americanas (AMER3), com +4,78%.

Outro setor em destaque no pregão foi o de educação, recuperando perdas recentes: Cogna (COGN3) ganhou 6,85% e YDUQS (YDUQ3) subiu 4,98%.

Contribuindo para o fechamento do índice no campo positivo, Petrobras (PETR3, PETR4) teve alta de 2,95% e 3,41%, respectivamente, seguindo os ganhos do petróleo.

Por outro lado, Vale (VALE3) cedeu 1,83%, em movimento de realização, ficando entre as maiores baixas do índice.

Com exceção de Banco do Brasil (BBAS3), que avançou 1,78%, seus pares recuaram. Liderando o campo negativo, Bradesco (BBDC3, BBDC4) desvalorizou 1,25% e 2,06%. Também no ranking, Itaú (ITUB4) caiu 1,81% e Santander (SANB11), -1,12%.

Ainda se destacou no campo negativo CPFL (CPFE3), com queda de 1,84%.

Maiores altas do Ibovespa:

Maiores baixas do Ibovespa:

Outras notícias que movimentaram o Ibovespa

  • TRXF11 compra e aluga R$ 182 milhões em imóveis do Grupo Mateus (GMAT3)
  • Vale (VALE3) e alemã SHS vão desenvolver soluções de descarbonização

TRXF11 compra e aluga R$ 182 milhões em imóveis do Grupo Mateus (GMAT3)

O fundo imobiliário TRX Real Estate, o TRXF11 comprou três imóveis do Grupo Mateus (GMAT3) por R$ 182 milhões, conforme documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quarta-feira (5).

Conforme detalhado, a empresa irá realizar a transação dos imóveis em modalidade de sale and leaseback (SLB) – ou seja, o Grupo Mateus irá alugar os imóveis que acabou de vender para o TRXF11.

São imóveis localizados em Belém, no estado do Pará, Juazeiro, no estado da Bahia e Petrolina, no estado de Pernambuco e todos são da ‘Mix Mateus’, a bandeira de atacarejo do Grupo Mateus.

O pagamento total pelos imóveis, porém, ainda pode sofrer algumas alterações, conforme comunicado pela empresa.

“O referido valor pode sofrer alterações em função da eventual necessidade de exclusão ou substituição de qualquer um dos imóveis, em decorrência do resultado das diligências jurídico-imobiliárias que serão realizadas, sendo certo que, ao final, o valor total efetivamente despendido pelo fundo com a aquisição dos Imóveis servirá de base para definição do valor final dos aluguéis mensais”, diz o Grupo Mateus.

O modelo de sale and leaseback é geralmente utilizado por empresas como um instrumento de geração de liquidez, podendo dar mais conforto financeiro à empresa quando a mesma opta pelo aluguel em vez de ser a proprietária do imóvel.

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Vale (VALE3) e alemã SHS vão desenvolver soluções de descarbonização

Vale (VALE3) informou nesta quinta-feira (6) que assinou Memorando de Entendimento com a siderúrgica alemã Stahl-Holding-Saar GmbH & Co. KGaA (SHS) para buscar soluções focadas no processo de produção do aço carbono-neutro.

“Vale e SHS pretendem estudar e explorar, em conjunto, dentre outras iniciativas, a utilização do briquete verde de minério de ferro da Vale e pelotas de redução direta na siderurgia; uma planta de briquete localizada próxima às das instalações da SHS; e a tecnologia da Tecnored”, detalha em comunicado ao mercado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Esta iniciativa, acrescenta a mineradora, contribui para alcançar o compromisso da Vale de reduzir 15% das emissões líquidas de Escopo 3 até 2035.

Desde 2021, a Vale engajou com aproximadamente 30 siderúrgicas clientes, representando aproximadamente 50% das emissões de Escopo 3 da empresa.

“Além disso, a Vale busca reduzir suas emissões absolutas de Escopo 1 e 2 em 33% até 2030 e alcançar neutralidade até 2050, em linha com o Acordo de Paris, liderando o caminho em direção a mineração sustentável”, afirma.

A SHS é uma holding de gestão operacional ativa com duas companhias siderúrgicas em Saarland, Dillinger e Saarstahl.

A Dillinger produz chapas grossas de aço para setores como construção em aço, offshore e tubulação.

A Saarstahl é uma produtora de fio-máquina e vergalhão de alta qualidade para as indústrias automotiva e engenharia geral.

A produção de aço verde está programada para iniciar em Saarland em 2027.

A nova rota de produção incluirá um forno elétrico a arco (EAF) na planta de Völklingen e um forno elétrico a arco e uma planta de redução direta (DRI) para a produção de ferro-esponja na planta de Dillinger, além da rota de alto forno estabelecida.

Às 11h30 (de Brasília), as ações da Vale acumulavam baixa de cerca 0,23% na bolsa brasileira, sendo negociadas a aproximadamente R$ 76,80. No ano de 2022, os papéis tiveram desvalorização de 1,56%.

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Desempenho dos principais índices

Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:

  • Ibovespa hoje: +0,31%
  • IFIX hoje: +0,30%
  • IBRX hoje: +0,41%
  • SMLL hoje: +1,51%
  • IDIV hoje: +0,38%

Cotação do Ibovespa nesta quarta (5)

Ibovespa fechou o pregão da última quarta-feira (5) em alta de 0,83%, aos 117.197,82 pontos.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Victória Anhesini

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