Grana na conta

Ibovespa fecha no vermelho e chega ao 3º dia seguido de perdas; Vale (VALE3) cai e Petrobras (PETR4) sobe

O Ibovespa fechou em queda de 0,72% nesta quarta-feira (28), aos 116.681 pontos, com Vale (VALE3), bancos e varejistas também recuando.

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O desempenho fraco das bolsas americanas e a expectativa pela reunião de amanhã do Conselho Monetário Nacional (CMN) também estão entre as justificativas apontadas por operadores nas mesas de operações para explicar a fraqueza do mercado doméstico.

Para Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, o que se vê hoje no mercado de ações é um novo dia de realização de lucros em um dia em que o cenário internacional mostra sinais divergentes, com propensão ao risco na Europa e timidez nos Estados Unidos.

Além disso, afirma, a semana ainda reserva eventos importantes que acabam por limitar as oscilações dos ativos, especialmente a reunião do CMN e o Relatório Trimestral de Inflação (RTI). “Estruturalmente o cenário ainda é positivo, com o Ibovespa muito puxado por Vale, que tá sofrendo, e siderúrgicas e bancos”, observa.

O Ibovespa hoje segue em linha com mercado acionário dos EUA, que também opera majoritariamente em queda, enquanto os investidores aguardam possíveis falas do presidente do Fed no Fórum BCE.

  • Dow Jones: -0,45%;
  • S&P500: -0,38%;
  • Nasdaq: -0,15%.

As ações da Vale (VALE3) operam em queda de 1,78%, embora o minério de ferro tenha dado continuidade a sua tendência de alta lá fora.

Já as ações da Petrobras (PETR4) registram avanço de 1,44%, acompanhando a valorização do petróleo no exterior.

As ações que compõem o Ibovespa operam sem grandes variações nesta manhã, com Yduqs (YDUQ3) liderando as altas, com +2,93%, e na ponta negativa, lideram as quedas Vale, Bradespar (BRAP4), Bradesco (BBDC4) e Magazine Luiza (MGLU3).

Minério de ferro chinês alcança maior patamar desde março de 2023

Os contratos futuros de minério de ferro deram continuidade em sua tendência de alta hoje (28) nas bolsas de Dalian e Cingapura. Apesar disso, os ganhos foram menos expressivos após o anúncio de dados da indústria chinesa virem não tão animadores.

O contrato futuro de minério de ferro com maior liquidez para setembro na bolsa de Dalian terminou com uma valorização de 2,47%, cotado a 830,5 iuanes por tonelada.

Assim, a cotação do minério de ferro alcançou seu maior patamar desde o dia 15 de março deste ano.

Já na Bolsa de Cingapura a commodity registrou alta de 0,78%, cotada a US$ 113,45 por tonelada, sendo este o maior nível desde o dia 19 de junho de 2023.

Petróleo opera entre perdas e ganhos, após recuar mais de 2% ontem (27)

O petróleo operava entre perdas e ganhos nesta quarta-feira (28), após encerrar o pregão de ontem com baixas superiores a 2%, em meio a repercussão de possíveis riscos na geopolítica, após a rebelião ocorrida na Rússia.

Nesse sentido, os investidores acabaram deixando de lado esse assunto, descartando maiores impactos disso na oferta russa por petróleo. Assim, o foco do mercado se voltou aos temas relacionados ao aperto monetário e à macroeconomia.

Hoje (28) o petróleo opera entre perdas e ganhos. Por volta das 10h, os contratos futuros do petróleo Brent para setembro subiam 0,22%, a US$ 72,67 por barril. Já o petróleo WTI registrava ganho de 0,35%, cotado a US$ 67,94 por barril.

Saldo do crédito ampliado sobe 0,2% em maio

O saldo do crédito ampliado do setor não financeiro no Brasil terminou o mês de maio em R$ 15,1 trilhões, correspondendo a 146,9% do Produto Interno Bruto (PIB), com alta mensal de 0,2%, conforme divulgado pelo Banco Central nesta quarta (28).

O crescimento mensal desse saldo de crédito foi impactado sobretudo por 1,5% dos empréstimos relacionados à dívida externa.

O crédito ampliado registrou um avanço anual de 9,9%, principalmente pelos crescimentos de 10,3% da carteira de empréstimos e de 9,3% dos títulos de dívida.

Maiores altas e baixas do Ibovespa hoje

Última cotação do Ibovespa

O Ibovespa encerrou a sessão de ontem (27) em baixa de 0,61%, aos 117.522,87 pontos.

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João Vitor Jacintho

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