Ibovespa recua aos 110 mil pontos; Suzano (SUZB3) cai 4% e lidera baixas

O Ibovespa opera em queda de 0,74% aos 110.160 pontos na abertura desta sexta-feira (2), com alta de frigoríficos e retração do varejo e da Suzano, que lidera baixas do índice com novidades recentes. Além disso, as mineradoras também marcam presença na ponta negativa com apesar da alta de 2,2% do minério de ferro em Dalian.

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O Ibovespa hoje, assim como nas semanas anteriores, segue com o risco fiscal no radar, dado o cenário de transição de governo e a estimativas para o furo do teto em 2023.

Simultaneamente, o cenário de estatais conta com novidades logo após a Petrobras (PETR4) divulgar seu plano estratégico de investimentos, ainda nesta semana.

Na quinta (1º), o Senador Jean-Paul Prates (PT-RN) – nome cotado para presidir a estatal – citou que a companhia pode ter seu ‘rumo alterado’ e que não deve ‘só extrair e pagar dividendos‘.

As bolsas internacionais operam em queda generalizada, com retração de 1% no Dow Jones e 1,47% no S&P durante as negociações de pré mercado.

Já na Europa, a Bolsa de Frankfurt (DAX) opera em retração de 0,76% ao passo que a bolsa de Londres (FTSE) cai 0,65%. Nesse cenário o índice pan-europeu Stoxx 600 cai 1,02%.

O mercado de câmbio mostra um dólar em alta de 0,56%, cotado a R$ 5,244.

A agenda de indicadores conta com a balanço comercial e dados de importação da Alemanha, que vieram mistos.

O indicador mais relevante, contudo, é o Payroll, que mostra 263 mil empregos criados em novembro nos Estados Unidos, ante estimativas de 200 mil do mercado.

A taxa de desemprego, assim, fica em 3,7%, em linha com as projeções.

No Brasil, o IPC-Fipe mostrou alta de 0,47% em novembro, ao passo que a produção industrial de outubro subiu 0,3%, acima das projeções de 0,1% de queda.

Notícias que movimentam o Ibovespa hoje

  • Suzano eleva investimentos e anuncia dividendos
  • Itaúsa fará resgate de debêntures e pagará JCP
  • Oi aprova grupamento de ações

Mudanças na Suzano

Na véspera a Suzano anunciou que prevê gastar R$ 18,5 bilhões em investimentos no ano de 2023, acima da última estimativa.

“A elevação em relação a 2022 decorre, em grande parte, do maior investimento no Projeto Cerrado, considerando investimentos industriais, florestais, infraestrutura e logística”, afirmou a companhia em fato relevante.

Desses R$ 18,5 bilhões, quase metade (R$ 8,9 bilhões) serão investidos no Projeto Cerrado. Trata-se de uma nova fábrica, no Mato Grosso do Sul.

Serão R$ 6,4 bilhões destinados para manutenção – cerca de R$ 1 bilhão acima do previsto.

Por fim, serão outros R$ 2,4 bilhões usados no segmento de terras e florestas, incluindo a segunda parcela de compra da Parkia – uma transação já feita pela companhia e concluída em meados de junho.

Esses mesmos R$ 2,4 bilhões também serão usados para outros investimentos “que visam maior competitividade e/ou opcionalidade de crescimento da companhia no longo prazo”, segundo a Suzano.

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Além disso, a companhia pagará um montante total de R$ 2,350 bilhões em dividendos, à razão de R$ 1,794780909 por ação.

Itaúsa (ITSA4) pagará JCP milionário

A Itaúsa (ITSA4) pagará R$ 0,1855 por ação em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas.

Os proventos serão pagos para quem detém ações da Itaúsa em duas parcelas, em abril e em dezembro de 2023, em valores distintos.

  • Valor por ação: R$ 0,157675
  • Data de corte: 8 de dezembro
  • Data do pagamento: até 28 de abril de 2023 (primeira parcela, de R$ 0,11985 por ação) e até 29 de dezembro (segunda parcela, de R$ 0,037825)
  • Rendimento (dividend yield): 1,81%

Em simultâneo, a companhia comunicou que o Conselho de Administração aprovou a realização de uma recompra de debêntures de segunda emissão, realizada em meados de 2019.

O resgate será feito em 9 de dezembro, de um volume de 12 mil debêntures da segunda emissão além de 1 milhão de debêntures que são da segunda série da quinta emissão.

Após a recompra, os títulos são então cancelados.

Oi (OIBR3) aprova grupamento das ações de 10 para 1

Fora do Ibovespa, a Oi (OIBR3) aprovou em Assembleia Geral Extraordinária a proposta de grupamento da totalidade das ações da companhia na proporção de 10 para 1.

O objetivo do grupamento da Oi é o enquadramento da cotação das ações de emissão da companhia em valor igual ou superior a R$ 1,00 por unidade.

A Oi pretende atingir o valor exigido no Regulamento para Listagem de Emissores e Admissão à Negociação de Valores Mobiliários e no Manual do Emissor da B3.

O grupamento de ações da Oi permite também que os papéis da empresa voltem a atender um dos critérios para que sejam elegíveis à composição de índices de mercado, como o índice Bovespa da B3.

Maiores altas do Ibovespa

  • QUAL3: +6%
  • LWSA3: +4,2%
  • NTCO3: +4,1%
  • IGTI11: +3,9%
  • MULT3: +3,9%

Maiores baixas do Ibovespa

  • SUZB3: -4%
  • IRBR3: -2,8%
  • CMIN3: -1,5%
  • USIM5: -1%
  • VALE3: -0,9%

Última cotação do Ibovespa

O Ibovespa encerrou o pregão da quinta-feira (1º) em queda de 1,39%, a 110.925 pontos.

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Eduardo Vargas

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