Ibovespa fecha quase estável com Petrobras (PETR4) freando realização de lucros após máximas

O Ibovespa fechou praticamente estável nesta terça-feira (24), com uma leve queda de 0,03%, aos 146.382,08 pontos. O índice de referência do mercado acionário brasileiro oscilou entre uma máxima de 146.585,26 pontos e uma mínima de 146.067,12 pontos, refletindo um dia de realização de lucros após atingir novos topos históricos nos dias anteriores.

A maior contribuição para o desempenho do índice foi o avanço das ações da Petrobras (PETR4), impulsionadas pela alta dos preços do petróleo no mercado internacional. Isso ajudou a equilibrar os movimentos de vendas no mercado, que estavam mais cautelosos em razão do cenário externo e da aproximação de novos dados econômicos no Brasil e nos Estados Unidos.

Destaques do fechamento

  • Fechamento: 146.382,08 pontos
  • Variação: -0,03%
  • Máxima: 146.585,26 pontos
  • Mínima: 146.067,12 pontos
  • Volume financeiro: R$ 15,8 bilhões

Na véspera, o Ibovespa havia fechado em 146.424,94 pontos, registrando uma leve alta. No entanto, o otimismo de novos recordes foi contido pelas notícias externas, como o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), que adotou um tom mais cauteloso sobre a possibilidade de cortes de juros nos Estados Unidos, o que afetou o apetite dos investidores.

Além disso, a agenda de indicadores brasileira estava relativamente vazia, com os investidores esperando a divulgação do IPCA-15 de setembro e o Relatório de Política Monetária do Banco Central, ambos importantes para a próxima sessão. Nos Estados Unidos, a expectativa é por dados econômicos importantes, como os de auxílio-desemprego e PIB, que podem influenciar diretamente as decisões sobre a política monetária.

De acordo com Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank, o mercado nos Estados Unidos ainda reflete a alta das Treasuries, que ocorre devido ao forte desempenho das vendas de casas novas. Esse dado gerou receio quanto à possibilidade de cortes na taxa de juros, o que acabou valorizando os títulos do governo americano e impactando o apetite por risco no mercado.

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No Brasil, o dia seguinte será crucial, com a publicação de indicadores de inflação e emprego que poderão sinalizar um novo movimento de juros, tanto no cenário doméstico quanto externo. Se os dados forem mais fortes do que o esperado, pode-se esperar uma pressão negativa sobre o mercado, enquanto números mais fracos podem indicar um alívio para as bolsas.

Fechamento das Bolsas Americanas

Em Nova York, os principais índices também fecharam em baixa. O S&P 500 caiu 0,28%, aos 6.637,97 pontos, e o Dow Jones recuou 0,37%, aos 46.121,28 pontos, pressionados pelo cenário de cautela do Fed e pela pressão das big techs.

Última cotação do Ibovespa

Ibovespa encerrou as negociações da última terça-feira (23), superando pela primeira vez os 147 mil pontos e renovando seu recorde de fechamento. O índice avançou 0,91%, aos 146.424,94 pontos.

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Maíra Telles

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