Ibovespa fecha em queda, com Petrobras (PETR4) sob pressão por queda do petróleo

O Ibovespa iniciou a semana em queda acentuada, fechando nesta segunda-feira (5) em 133.491,23 pontos, recuo de 1,22% em relação à véspera. O índice operou entre a mínima de 133.389,92 e a máxima de 135.198,13, com giro a R$ 21,6 bilhões.

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No agregado das duas primeiras sessões de maio, o Ibovespa recua 1,17%, mas ainda avança 10,98% no ano. O resultado teve o impacto das expectativas do mercado sobre as decisões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos, que serão anunciadas na quarta-feira (7), e também pela pressão sobre as ações da Petrobras (PETR4), com a forte queda nos preços do petróleo.

Foi o primeiro pregão com a nova carteira do Ibovespa, que segue com 87 empresas, após a entrada das empresas Direcional (DIRR3) e Smart Fit (SMFT3) e a saída de Automob (AMOB3) e Locaweb (LWSA3). Essa composição valerá até 29 de agosto. Os cinco ativos com maior peso na composição do índice são:

  • Vale (VALE3) – 10,467%
  • Itaú Unibanco (ITUB4) – 7,832%
  • Petrobras (PETR4) – 6,308%
  • Petrobras (PETR3) – 4,279%
  • Banco do Brasil (BBAS3) – 3,813%

Para analistas, o início da semana foi marcado por aversão a risco, com abertura também na curva de juros doméstica e elevação do dólar em relação ao real. Entre as blue chips, o dia foi majoritariamente negativo, com destaque para Petrobras (PETR3, -2,81%; PETR4, -3,73%),em dia de queda superior a 1,5% para o petróleo e de anúncio, pela empresa, de nova redução no preço do diesel nas refinarias.

Sem a referência de preço do minério na sessão — por conta de feriado na China, sem negócios em Dalian —, a Vale (VALE3) subiu 0,30% e, entre os grandes bancos, apenas o BB (BBAS3) se desgarrou, em alta de 0,76%. O Itaú Unibanco (ITUB4), na contramão, teve perda de 1,78%.

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Ibovespa: confira as principais altas e baixas do dia

“O governo americano está pressionando para que os preços do petróleo sejam mais baixos para impactar menos a inflação e a Opep acabou entrando nesse acordo”, explicou Alison Correia, analista de investimentos e sócio-fundador da Dom Investimentos. A produção deve ser ampliada em mais de 400 mil barris por dia, o que tende a pressionar os preços da commodity para baixo e, como eles, a cotação das ações de empresas do setor.

João Paulo Fonseca, head de renda variável da HCI Advisors, explica que o mercado de proteína animal também foi afetado por notícias sobre a crise de gripe aviária nos EUA, “que eleva o receio quanto a restrições para exportações feitas pelos frigoríficos”. O cenário impactou negativamente BRF (BRFS3, -4,54%), Marfrig (MRFG3, -3,84%). Minerva (BEEF3, -3,16%) e JBS (JBSS3, -2,79%)

Bolsas americanas também têm dia de queda

As bolsas de Nova York também encerraram o pregão desta segunda em queda, mas em menor intensidade que a B3 e com recuo acentuado no período da tarde. O movimento refletiu a cautela dos investidores antes da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), marcada para a quarta-feira.

 A temporada de balanços e as incertezas em torno de acordos comerciais também influenciaram o sentimento do mercado. Dow Jones caiu 0,24%, aos 41.218,83 pontos, S&P 500 recuou 0,64%, a 5.650,38 pontos, e Nasdaq teve queda de 0,74%, aos 17.844,24 pontos.

Os índices iniciaram o dia em queda, mas chegaram a se recuperar após indicadores econômicos amenizarem os temores de uma recessão nos EUA. Declarações do secretário do Tesouro, Scott Bessent, também buscaram acalmar os mercados após o anúncio de novas tarifas comerciais por Trump. O alívio, no entanto, não foi suficiente para sustentar a melhora no fim do dia.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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