Ibovespa fecha no azul mesmo com queda de Petrobras (PETR4) e incerteza eleitoral

O Ibovespa fechou a quinta-feira (17) em alta de 0,04%, aos 135.564,74 pontos, em um pregão instável e de baixa liquidez, marcado por tensão política, receios fiscais e pressão de empresas como Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3). Mesmo com os riscos no radar, o índice conseguiu se manter no campo positivo, apoiado pelo desempenho de grandes bancos e ações pontuais no varejo e energia.

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Durante o dia, o Ibovespa oscilou entre a mínima de 135.016,25 pontos e a máxima de 135.792,48 pontos, com volume financeiro de R$ 13,34 bilhões.

Entre os destaques positivos, Renova Energia (RNEW3) e Lojas Marisa (AMAR3) subiram cerca de 13% e 9%, respectivamente. Já Azul (AZUL4) liderou as quedas, com recuo de 9,2%.

A cautela do mercado aumentou com a decisão do STF de restabelecer parte do decreto que eleva o IOF em operações de crédito e câmbio — medida que havia sido derrubada pelo Congresso. O vai e vem do imposto elevou a percepção de insegurança jurídica, em um momento já delicado do ponto de vista fiscal.

Além disso, investidores monitoraram o cenário eleitoral após a divulgação da pesquisa Genial/Quaest, que apontou o presidente Lula (PT) como favorito em todos os cenários de primeiro turno para as eleições de 2026. Ele também venceria adversários como Michelle Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e, em cenário de empate técnico, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

“A volatilidade da bolsa hoje, sem dúvidas, é reflexo direto da deterioração do ambiente institucional e fiscal. A decisão do STF sobre o IOF, com efeito retroativo, pegou mal, e não só pelo impacto arrecadatório, mas pela insegurança jurídica que isso pode gerar. Tudo isso, somando com o risco das tarifas de Trump sobre produtos brasileiros, reacende o temor de guerra comercial. A percepção de risco aumentou, e o investidor exige mais prêmio, o que pressiona o Ibovespa”, avaliou Lucas Almeida, sócio da AVG Capital.

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Ajudaram a conter maiores perdas no índice a desaceleração na queda de Petrobras, que recuou 1%, e de Vale, que caiu 0,07%, além do avanço dos grandes bancos. As ações do Banco do Brasil (BBAS3) fecharam em queda de 0,67%, a R$ 20,74, enquanto o Bradesco (BBDC4) caiu 0,19%, a R$ 16,03. Por outro lado, Nubank (ROXO34) avançou 3,07%, a R$ 13,09, sendo um dos destaques positivos do setor financeiro.

No acumulado da semana, o Ibovespa caiu 0,46%. No mês de julho e no terceiro trimestre, o índice tem queda de 2,36%, mas no ano ainda acumula ganho de 12,76%.

Cotação do dólar hoje

O dólar comercial encerrou o dia em queda de 0,26%, cotado a R$ 5,546 na venda. A moeda americana chegou a tocar os R$ 5,609 na máxima, mas perdeu força à tarde, descolando do movimento global, o índice DXY subiu 0,36%, a 98,64 pontos.

Bolsas nos EUA avançam

Nos Estados Unidos, os principais índices fecharam em alta com apoio de dados econômicos robustos e otimismo com os balanços corporativos. O consumo americano segue aquecido, mesmo com juros ainda elevados.

  • S&P 500: +0,56%, aos 6.299,02 pontos
  • Nasdaq: +0,76%, aos 20.887,74 pontos
  • Dow Jones: +0,56%, aos 44.502,42 pontos

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Última cotação do Ibovespa

Ibovespa encerrou o pregão da úlitma quarta-feira (16) com leve alta de 0,19%, aos 135.510,99 pontos.

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Maíra Telles

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