Em leve baixa, Ibovespa testa realização de lucros após renovar recordes
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O Ibovespa teve um dia de leve correção nesta quinta-feira, 18, após renovar recordes históricos nas sessões anteriores. O índice iniciou o pregão aos 145.593,63 pontos e, ao longo do dia, variou entre a mínima de 144.993,21 pontos e a máxima de 145.726,41 pontos. Ao final da sessão, o Ibovespa registrou uma leve perda de 0,06%, fechando aos 145.499,49 pontos. Este desempenho interrompeu uma sequência de três dias consecutivos de altas.

Apesar da leve queda no dia, o índice acumula um avanço de 2,27% na semana e de 2,88% no mês, enquanto o crescimento no ano é de 20,96%. O giro financeiro ficou em R$ 22,8 bilhões, com destaque para o vencimento de opções sobre ações na véspera.
Impactos econômicos e fatores externos
A curva do DI subiu após o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), que praticamente descartou a possibilidade de corte na Selic ainda em 2025. Além disso, o Federal Reserve dos EUA iniciou o ciclo de afrouxamento monetário com um ajuste de 25 pontos-base na taxa de juros, o que também impactou os mercados brasileiros.
De acordo com Luis Cezario, economista-chefe da Asset 1, a projeção do BC para o IPCA se manteve em 3,4%, refletindo a estabilidade das expectativas inflacionárias, apesar da desaceleração econômica. Para Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos, a volatilidade no ambiente global, incluindo conflitos geopolíticos, e a inflação ainda desancorada no Brasil, continuam a influenciar o mercado.
Destaques do Ibovespa
Na ponta positiva do índice, a Natura (+16,46%) se destacou após o anúncio da venda de sua holding da Avon Internacional, acelerando seu processo de desinvestimento na marca. Outras ações em alta foram Motiva (+2,29%) e Hypera (+2,08%).
Por outro lado, Usiminas (-5,40%), Azzas (-3,37%) e Vamos (-2,96%) apresentaram as maiores quedas. As ações de grandes bancos também mostraram variações mistas, com destaque para Bradesco ON (-1,06%) e Brasil do Brasil ON (+1,05%).
O setor de varejo e construção foi negativamente impactado pelo comunicado do Copom, que não indicou expectativa de queda de juros no curto prazo. Ações como Cyrela (-0,20%), Magazine Luiza (-0,71%) e MRV (-1,02%) refletiram esse cenário.
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Fechamento das bolsas americanas
As bolsas americanas encerraram o dia em alta, impulsionadas pela expectativa de que o Federal Reserve inicie um ciclo de cortes de juros. O S&P 500 e o Nasdaq seguiram o movimento de recuperação após as quedas das semanas anteriores, com investidores atentos à desaceleração econômica global e aos sinais de afrouxamento monetário nos EUA.
O dólar também registrou alta no Brasil, fechando a R$ 5,3191, uma valorização de 0,34% no dia.
Última cotação do Ibovespa
Ibovespa encerrou as negociações da última quarta-feira (17) em alta de 1,06%, ultrapassando pela primeira vez a marca dos 145 mil pontos.
Com informações da Agência Estado