Ibovespa renova recorde e emenda 13ª alta com apoio de Petrobras (PETR4)
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O Ibovespa fechou a sexta-feira (7) em alta de 0,47%, aos 154.065,76 pontos, renovando mais um recorde histórico de fechamento e cravando a 13ª sessão consecutiva no azul — a maior sequência desde 1994. O principal índice da B3 foi impulsionado por Petrobras (PETR4) e consolidou ganhos na semana, com avanço acumulado de 2,94% e valorização de 27,98% no ano.
O bom humor global e o fluxo estrangeiro continuam a sustentar o mercado brasileiro, enquanto a manutenção da Selic em 15% e a percepção de estabilidade monetária reforçam o diferencial de juros e o carry trade. O volume financeiro somou R$ 22,2 bilhões.
Petrobras (PETR4) impulsiona o Ibovespa e garante nova máxima histórica
O desempenho positivo de Petrobras (PETR4) foi determinante para o novo recorde do Ibovespa, após a petroleira divulgar lucro robusto e anunciar R$ 12,16 bilhões em dividendos. As ações preferenciais subiram 3,51%, acompanhando a recuperação do petróleo no mercado internacional.
Enquanto isso, Vale (VALE3) oscilou diante da queda do minério de ferro na China, mas manteve suporte relevante ao índice no início do pregão.
Outros destaques de alta incluíram Cosan (CSAN3), com leve avanço de 0,66% apoiado pelo dólar mais estável, e Marfrig, beneficiada pelas expectativas em torno do negócio de ativos na Arábia Saudita.
Na ponta oposta, GOL (GOLL4) recuou 1,02%, refletindo preocupações operacionais e financeiras do setor, enquanto Ambipar (AMBP3) caiu mais de 6% e Minerva (BEEF3) seguiu em movimento de realização após sequência positiva.
De acordo com Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank, o mercado brasileiro manteve resiliência “acompanhando o exterior, mas sustentado por Petrobras, que apresentou números sólidos e mensagem positiva ao mercado”.
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Cenário externo segue misto e investidores monitoram Fed e shutdown
O ambiente internacional seguiu de cautela, com as bolsas americanas estendendo o movimento de realização após balanços decepcionantes no setor de tecnologia e prolongamento do shutdown nos Estados Unidos, agora em 38 dias.
“O mercado americano opera literalmente ‘na neblina’ — sem clareza sobre os próximos passos do Fed, o que aumenta a incerteza com o mercado de trabalho e os juros”, diz Bresciani. Ele acrescenta que, mesmo sem grandes novidades, a falta de dados e a aproximação do fim de semana reforçaram o tom de ajuste global.
Cotação do dólar hoje
O dólar encerrou em queda de 0,22%, cotado a R$ 5,336, em sessão de movimento moderado e guiada por fatores externos. A moeda chegou a testar R$ 5,366 na máxima, mas perdeu força ao longo do dia com o aumento do apetite por risco em mercados emergentes.
Segundo analistas, a leitura de inflação sob controle, com o IPP e o IGP-DI negativos, reforça a tranquilidade local. No exterior, falas de dirigentes do Fed indicaram que as taxas americanas estão próximas do nível neutro, reduzindo temores de novas altas.
Fechamento das bolsas americanas
- Dow Jones: -0,82%
- S&P 500: -0,91%
- Nasdaq: -1,12%