Bolsa hoje: Ibovespa sobe 0,56% aos 142 mil pontos; PETR4 cai e limita ganhos

Após duas sessões de correção, o Ibovespa conseguiu respirar nesta quarta-feira (8) e encerrou o pregão em leve alta de 0,56%, aos 142.145 pontos. A sessão foi marcada por uma variação estreita, de cerca de mil pontos entre a mínima e a máxima do dia, e um volume financeiro mais contido, de R$ 19,9 bilhões. Apesar do alívio, o índice ainda acumula queda de 1,43% na semana e recuo de 2,8% em outubro. No ano, porém, o ganho segue expressivo, de 18,18%.

A recuperação foi limitada pelo desempenho de Petrobras (PETR3, PETR4), que permaneceu em baixa, mesmo diante da valorização de mais de 1% do petróleo tipo Brent e WTI no exterior. As ações ordinárias recuaram 1,00% e as preferenciais, 0,58%. Parte do mercado também manteve uma postura mais defensiva à espera de novos sinais sobre juros e política fiscal.

Entre os setores de destaque, as ações financeiras tiveram desempenho misto. Bradesco avançou 1,47% nas ações ON e 1,61% nas PN, enquanto Itaú PN subiu 0,19%. Já Banco do Brasil e Santander encerraram o dia com leves quedas. Vale ON teve alta de 0,77%, ajudando a sustentar o índice.

Entre os maiores ganhos, Ultrapar liderou o Ibovespa com avanço de 5,54%, seguida por B3, que subiu 3,43%, e BTG Pactual, com alta de 3,04%. Do outro lado, Hypera caiu 5,02%, Brava recuou 3,10% e Suzano perdeu 2,17%.

Política e exterior influenciam humor do mercado

O noticiário político também pesou no sentimento dos investidores. O governo intensificou as articulações para tentar aprovar a Medida Provisória 1.303/2025, vista como alternativa à derrota na votação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com ministros e líderes aliados para tentar reverter votos, enquanto a oposição, liderada pelo senador Rogério Marinho (PL-RN), prometeu barrar a medida.

A MP, que perde validade nesta quarta-feira, prevê uma arrecadação extra de cerca de R$ 17 bilhões em 2026, ano eleitoral. A equipe econômica argumenta que o esforço é necessário para garantir o equilíbrio fiscal e o cumprimento da meta de superávit. Para analistas, o impasse reforça a percepção de risco fiscal, tema recorrente no mercado.

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No cenário internacional, as bolsas de Nova York voltaram a renovar máximas históricas, impulsionadas pela leitura da ata da reunião de setembro do Federal Reserve. O documento mostrou amplo apoio à flexibilização da política monetária nos Estados Unidos, ainda que persistam preocupações com a inflação.

  • S&P 500 subiu 0,58%
  • Nasdaq avançou 1,12%
  • Brent subiu mais de 1%

Segundo a consultoria Capital Economics, o tom da ata indica que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) deve desacelerar o ritmo de cortes de juros, mas sem encerrar o ciclo de afrouxamento. O movimento reforça o apetite global por risco e tem mantido o dólar em trajetória de depreciação frente à maioria das moedas emergentes.

Maiores altas e maiores baixas

Última cotação do Ibovespa

O Ibovespa encerrou as negociações da última terça-feira (7) em forte queda de 1,57%, aos 141.356 pontos.

Com Estadão Conteúdo

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Maíra Telles

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