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Recorde histórico: Ibovespa ultrapassa 150 mil pontos pela primeira vez; dólar recua a R$ 5,35

Ibovespa fez história nesta segunda-feira (3) ao fechar acima dos 150 mil pontos pela primeira vez, em meio ao otimismo dos investidores com o cenário internacional e à expectativa pela decisão do Copom sobre a taxa básica de juros.

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O principal índice da B3 encerrou o pregão em alta de 0,50%, aos 150.295 pontos, após atingir máxima intradiária de 150.761 pontos, novo recorde histórico. O movimento foi sustentado pelo fluxo estrangeiro positivo e pela recuperação das ações de peso, como Petrobras e Itaú — que, inclusive, superou a petroleira em valor de mercado, tornando-se a empresa mais valiosa da Bolsa.

O dólar comercial fechou em queda de 0,40%, cotado a R$ 5,3579, acompanhando o recuo global da moeda norte-americana frente a pares emergentes, como o peso mexicano e o peso chileno. No acumulado do ano, a divisa recua 13,29%.

150 mil pontos: marco de confiança, mas com cautela

O rompimento da barreira dos 150 mil pontos  no Ibovespa é visto pelo mercado como um sinal de confiança e otimismo moderado. Segundo analistas, o movimento reflete a entrada de capital estrangeiro e a melhora da percepção de risco global, embora o quadro fiscal doméstico continue a exigir atenção.

De acordo com Nicolas Gass, head de alocação de investimentos e sócio da GT Capital, o que se observa é um mercado tentando antecipar o primeiro corte da Selic, possivelmente entre janeiro e março de 2026. “O que pode explicar o movimento de hoje é o mercado tentando acertar quando eventualmente vai ser esse primeiro corte de juros. (…) A previsão de março tem ganhado força, muito por conta dos dados de emprego e de atividade”, explica Gass.

Ele observa que, mesmo com o IPCA-15 abaixo das expectativas, o núcleo de inflação ainda mostra persistência, o que reforça a necessidade de juros elevados por mais tempo. “Vejo o Ibov seguindo os movimentos lá de fora, com expectativas sobre o Copom. Está praticamente dado que o Banco Central vai manter os juros, mas o comunicado pode trazer algum spoiler sobre o início do ciclo de cortes. Se for confirmado para março, aí sim vejo espaço para o mercado subir mais novamente”, completa.

Bolsas dos EUA e o impulso da inteligência artificial

Nos Estados Unidos, os principais índices acionários operaram de forma mista, com os investidores avaliando uma semana intensa de balanços corporativos.
Segundo Gass, o destaque ficou por conta das empresas de tecnologia, impulsionadas pelo anúncio de um acordo bilionário entre Amazon e OpenAI, avaliado em cerca de US$ 38 bilhões.

“Esse acordo acabou impulsionando bastante as ações do setor de inteligência artificial. Além disso, há expectativa positiva com as negociações entre Estados Unidos e China, o que tem gerado um movimento de ‘risk-on’ nos mercados”, afirmou.

Destaques do pregão

Entre as altasMinerva (BEEF3) ganhou destaque com a expectativa de um balanço positivo e resiliência do setor diante de tarifas externas.

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Entre as quedasMarcopolo (POMO4) recuou pelo segundo pregão consecutivo, acumulando perda de cerca de 12%, após divulgar resultado abaixo das projeções.
Pão de Açúcar (PCAR3) também caiu, após o JP Morgan reiterar recomendação de venda, citando reestruturação lenta e alto endividamento.

Nos juros futuros, o dia foi de leve correção para cima, após quedas na sexta-feira, refletindo a incerteza sobre o início do ciclo de cortes da Selic.

Dólar: fluxo estrangeiro sustenta queda

O recuo do dólar foi atribuído a um movimento técnico de correção e ao fluxo de entrada de capital estrangeiro, sem grandes notícias locais que justificassem a queda.

“O fiscal não está gerando tensão. O dólar cai muito mais por um movimento de correção e fluxo de entrada. O investidor estrangeiro está voltando a aportar capital aqui”, explica Gass.

Último cotação do Ibovespa

Na sexta-feira (31), o Ibovespa já havia encerrado o pregão em nova máxima nominal, subindo 0,51%, aos 149.540 pontos. 

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Maíra Telles

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