Ícone do site Suno Notícias

Ibovespa: Banco Inter (BIDI4; BIDI11) e Méliuz (CASH3) sofrem maiores quedas

Em meio a reorganização societária e rumores sobre crédito mal provisionado, Banco Inter enfrentou volatilidade do Ibovespa - Foto: divulgação

Em meio a reorganização societária e rumores sobre crédito mal provisionado, Banco Inter enfrentou volatilidade do Ibovespa - Foto: divulgação

Com o fim da última semana de setembro, o índice Ibovespa registrou queda de 6,6% no mês. Dentre as maiores quedas, se destaca o Banco Inter (BIDI4; BIDI11), que lidera entre as cinco maiores baixas desta semana. Além disso, a Méliuz (CASH3), a Hapvida (HAPV3) e o Pão de açúcar (PCAR3) também foram ladeira abaixo na semana encerrada ontem. Confira o tamanho do tombo destes ativos:

Banco Inter (BIDI4; BIDI11) lidera as maiores perdas do Ibovespa

O Banco Inter (BIDI4;BIDI11) protagonizou não só a maior queda desta semana, como também a maior do mês de setembro, com uma desvalorização de 15,69%, cotada a R$ 17,14 no caso da BIDI4, e 16,34% cotada a R$ 51,10, para a BIDI11. No mês, acumulou uma desvalorização de 31,18% das units (BIDI11) e 28,56% das preferenciais (BIDI4).

A queda das ações do banco foram causadas principalmente pelo contexto interno da empresa. O mercado não reagiu bem ao saber que o banco e a StoneCo (STOC31) estão não só negociando a prorrogação de sua parceria atual, como também planejando uma possível fusão. As negociações sobre uma fusão ocorrem no momento em que a StoneCo enfrenta uma perda em empréstimos de R$ 400 milhões com uma operação de crédito recém-lançada que deu problemas no sistema.

Além disso, a queda dos papéis do banco se devem também à abertura das curvas de juros e, concomitantemente, ao aumento dos prêmios de risco. Tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, o aumento dos juros representa perda de valor para empresas digitais, como o Inter, que tem como tese de negócios a valorização no longo prazo.

Méliuz (CASH3) segue mais uma semana de queda

A empresa Small Cap se configura como uma das maiores quedas da bolsa, em uma sequência desfavorável de quedas já na semana anterior. A Méliuz encerrou o pregão desta semana com desvalorização de 9,5%, sendo vendida ao preço de R$ 6,29.

Segundo o relatório da Genial Investimentos, a queda da Méliuz se deve ao aumento das taxas de juros. “É mais uma questão macroeconômica do que puramente fundamentalista”, diz o relatório. Os analistas também lembram no relatório que o setor de tecnologia já possui naturalmente maior volatilidade, o qual a Méliuz, empresa que oferece serviço de cashback, participa.

Fusão de Hapvida (HAPV3) e NotreDame (GNDI3) é “complexa”

A Hapvida (HAPV3), empresa que semana passada foi citada na CPI da covid, viu suas ações desvalorizarem 8,82% essa semana, vendidas a R$ 13,44.

As ações da empresa foram altamente prejudicadas nesta semana após o Cade determinar que o processo de fusão entre Hapvida e Notre Dame Intermédica (GNDI3) é “complexo”.

Sua citação na CPI, que também afetou negativamente na época, ainda reverbera. Nesta semana, a Agência Nacional de Saúde (ANS) decidiu apurar a conduta da Hapvida durante a pandemia, o que contribuiu para acentuar sua queda.

Pão de açúcar (PCAR3) segue desempenho fraco no Ibovespa

Sem gatilhos específicos, as ações do Pão de Açúcar (PCAR3) encerraram o pregão desta semana com queda de 8,67%, cotadas a R$ 25,08.

Apesar da queda, a empresa lançou nesta semana sua plataforma de encomenda de refeições. Segundo a diretora de Operações do Pão de Açúcar, Christiane Cruz Citrângulo, o lançamento da plataforma reforça o diferencial da rede.

“Os clientes do Pão de Açúcar já sabem que a nossa Rotisserie tem pratos exclusivos com ingredientes frescos e selecionados. Agora, oferecemos opções de menus para todos os momentos e preferências com o toque especial da Cheftime, além de incluir opções com categorias em que o Pão de Açúcar é referência, como menu plant based”, disse a diretora.

Sair da versão mobile