Ibovespa renova recorde com petróleo e exterior; Petrobras (PETR4) sobe, Casas Bahia (BHIA3) tomba e Klabin (KLBN11) recua

O Ibovespa encerrou a sessão de hoje (18) em alta de 0,68% aos 131.083,82 pontos, após oscilar entre a mínima de 130.198,41 e a máxima de 131.447,26 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 22,5 bilhões. O Ibovespa renovou máxima histórica de fechamento com essa pontuação acima de 131 mil pontos. No mês, o Ibovespa avança 2,95%, colocando o ganho do ano a 19,46%.

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Com agenda relativamente esvaziada nesta primeira sessão da semana, a alta em torno de 2% para o petróleo – após novo ataque de rebeldes do Iêmen a navio no Mar Vermelho, importante via de escoamento do petróleo do Oriente Médio -, impulsionou a Bolsa de Valores.

O Ibovespa hoje operou em alta durante todo o dia, com o petróleo, que teve altas superiores a 3% ao longo da sessão. Além disso, a trajetória da curva de juros futuros, que apresentou ligeiras quedas, beneficiou as empresas ligadas ao consumo e a bolsa como um todo.

Nos Estados Unidos, os índices também operaram no positivo, com exceção do Dow Jones, que fechou estável. Os treasury yields de 10 anos, por outro lado, tiveram leve alta. A agenda econômica do dia foi esvaziada, mas ao longo da semana, dados referentes ao PIB e a inflação medida pelo PCE, indicador preferido do Federal Reserve, devem mexer com o humor do mercado em NY. 

Confira como foi o fechamento dos principais índices de Nova York:

  • Dow Jones: 0% a 37.305,82 pontos
  • S&P500: +0,45% a 4.740,54 pontos
  • Nasdaq: +0,61% a 14.904,81

O dólar à vista  fechou em queda de 0,66% a R$ 4,9048, após oscilar entre R$ 4,9513 e R$ 4,8930.

“O Ibovespa fechou o primeiro pregão da semana com alta, influenciado pela valorização do preço do petróleo no mercado internacional e pelo desempenho das bolsas americanas, ainda sob embalo da expectativa de corte dos juros americanos em 2024”, diz Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos. 

“Eventos econômicos importantes passaram e o mercado começa a diminuir liquidez. O dia foi de movimentações mais contidas, e o petróleo ajudou, com o setor de energia segurando o índice na sessão, assim como o metálico, apesar da queda do minério”, diz Pedro Canto, analista da CM Capital, destacando também a “puxada” do setor financeiro, o de maior peso no índice, ao longo da tarde.

A agenda volta a ganhar algum dinamismo amanhã, com a ata da última reunião do Copom no ano, de que se espera sinais adicionais da autoridade monetária sobre a perspectiva para a Selic, após comunicado da quarta-feira passada em que manteve a indicação de que a taxa de juros de referência continuará a cair ao ritmo de meio ponto porcentual nas próximas reuniões.

“O dólar caiu ante o real, em um movimento mais ligado ao cenário interno. O mercado avalia negociações envolvendo a reforma tributária, e com um fiscal mais robusto, há chances de mais quedas do dólar contra o real”, analisa Leandro Petrokas, sócio da Quantzed.

O petróleo esteve entre os destaques de hoje, após a British Petroleum suspender o transporte da commodity no Mar Vermelho, em linha com ataques realizados por radicais do Iêmen contra navios comerciais.

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Nessa esteira, a Petrobras fechou no positivo: Petrobras ON (PETR3) avançou 2,05% a R$ 37,79 e Petrobras PN (PETR4) teve alta de 1,24% a R$ 35,84.

Outra petroleira que surfou bem a alta da commodity nesta segunda-feira foi a Petrorecôncavo (RECV3), terceira maior alta do índice, com +3,75% a R$ 21,03.

A maior alta do Ibovespa foi de Alpargatas (ALPA4), +6,36% a R$ 9,53. Na sequência veio a Braskem (BRKM5), com +4,37% a R$ 18,17.

“A alta de Alpargatas pode estar relacionada às expectativas quanto ao desempenho do varejo neste final de ano. As ações da empresa estão de lado há aproximadamente 40 dias e tem 15% do free float alugado. Pode ser um movimento de zeragem de posições short, inclusive. Já Braskem subiu por causa da notícia de que o rompimento da mina da empresa ainda não afetou água da lagoa Mundaú. As ações caíram bastante recentemente com novas preocupações com questões ambientais envolvendo a companhia”, afirma Petrokas.

A Vale (VALE3) avançou 0,47% a R$ 74,21, na contramão do minério de ferro, que fechou em queda nesta madrugada em Dalian, na China. Entre outros papéis do setor de mineração e siderurgia, CSN (CSNA3) subiu 2,77% a R$ 18,53; Gerdau avançou 1,33% a R$ 23,54 e Usiminas (USIM5) ganhou 0,23% a R$ 8,83.

Entre os grandes bancos, a maior alta foi de Bradesco (BBDC4), +0,75% a R$ 17,55. Na sequência vieram Santander (SANB11), +0,70% a R$ 31,63; Itaú (ITUB4), +0,49% a R$ 32,89 e Banco do Brasil (BBAS3), +0,07% a R$ 54,65.

A maior queda do dia foi de Casas Bahia (BHIA3), -8,33% a R$ 10,24. Rumo (RAIL3) veio na sequência com -2,67% a R$ 22,21, e Klabin (KLBN11), que teve recomendação rebaixada pelo Goldman Sachs, fechou a lista de piores desempenhos do Ibovespa com -2,32% a R$ 21,06.

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Guilherme Serrano Silva

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