Ibovespa: ações da CVC (CVCB3) e BR Distribuidora (BRDT3) desabam

As ações da CVC (CVCB3) e da BR Distribuidora (BRDT3) registraram fortes quedas nesta quarta-feira (1) no Ibovespa, o principal índice acionário da bolsa de valores de São Paulo (B3).

Os papéis da companhia de viagens caíram 15,32%, cotados a R$ 9,40, enquanto que as ações da distribuidora tiveram queda de 9,61%, a R$ 14,02.

As quedas acompanham a desvalorização do Ibovespa nesta quarta, em meio a crise do coronavírus (covid-19). O índice caiu 2,81%, aos 70.966 pontos.

“O pregão de abril em queda em todo mundo refletindo as preocupações dos investidores sobre o impacto da recessão econômica nos resultados das empresas, inclusive na distribuição de dividendos”, disse Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.

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“Além disso, pela manhã, Trump alertou para duas semanas “dolorosas” à frente e estimativas de que as mortes nos EUA podem chegar a 240 mil mesmo com os esforços adotados pelas autoridades”, afirmou Ribeiro.

CVC e BR Distribuidora com problemas no Ibovespa

Além de acompanhar o mau humor do mercado acionário como um todo, as ações da CVC e da BR Distribuidora também acumularam quedas pela avaliação negativa do mercado em relação a notícias corporativas.

Em meio a crise, a CVC (CVCB3) informou na última terça-feira (31) o cancelamento da Assembleia Geral Ordinária (AGO) que seria realizada no dia 30 de abril de 2020, prejudicando a imagem da empresa perante o mercado e ajudando na queda dos papéis no Ibovespa.

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“A CVC entende que o cancelamento da AGO é necessário diante dos impactos da pandemia do coronavírus nas atividades da companhia e de seus acionistas”, disse a empresa, em comunicado.

“Adicionalmente, a companhia reafirma que está empenhada em concluir o processo de elaboração das demonstrações financeiras e submetê-las à apreciação dos acionistas na AGO, a ser realizada dentro do novo prazo regulamentar”, informou o fato relevante.

Já a BR Distribuidora informou que irá propor o adiamento de pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) e dividendos aos seus acionistas. De acordo com o comunicado da empresa, a proposta visa preservar o caixa da companhia em meio a crise.

O prazo previsto para o pagamento dos recursos aos acionistas, que compram a ação no Ibovespa, era anterior ao dia 30 de junho. Com a mudança proposta, a ideia é que sejam pagos os valores até o dia 30 de dezembro. O valor total em JCP a ser pago é de R$ 540,3 milhões e o de dividendos é de R$ 49,8 milhões.

Vinicius Pereira

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