Ibovespa cai de olho em IPCA e CPI; 3R Petroleum (RRRP3) lidera ganhos, Casas Bahia (BHIA3) tem a maior queda e dólar sobe forte

O Ibovespa abriu a sessão desta quarta-feira (10) em queda, e por volta das 10h20, o índice recuava 0,74%, aos 128.924 pontos.

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O petróleo sobe nesta manhã e a Petrobras vai na mesma direção: Petrobras ON (PETR3), +0,80% a R$ 40,12 e Petrobras PN (PETR4), +1,01% a R$ 39,13.

A Vale (VALE3), por sua vez, cai 0,80% a R$ 62,05, na contramão do minério de ferro, que fechou em alta nesta madrugada em Dalian, na China.

A maior queda do Ibov é dividida entre Casas Bahia (BHIA3), -3,12% a R$ 6,84, e Grupo Soma (SOMA3), -3,12% a R$ 6,52. Na sequência aparece a Arezzo (ARZZ3), -3,01% a R$ 55,10.

A 3R Petroleum (RRP3) lidera as altas do índice Bovespa com +1,04% a R$ 35,89, após a assinatura de memorando de entendimentos com a Enauta (ENAT3). As ações da Petrobras completam o top-3.

No radar dos investidores

O foco nesta quarta-feira está nos dados de inflação. No Brasil, o IPCA teve alta de 0,16% em março, abaixo da projeção de 0,24% e queda frente ao avanço de 0,83% em fevereiro.

Já nos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor, o CPI, subiu 0,40% em março, acima do consenso de 0,30%. Já o núcleo, que exclui itens mais voláteis, também teve alta de 0,40%.

O dado brasileiro tende a ser interpretado como positivo, uma vez que indica evolução no controle dos preços. Já o número nos Estados Unidos pode amargar os mercados, já que indica que o Federal Reserve ainda tem trabalho pela frente e pode não cortar os juros tão cedo.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Cotações de Ações
Cotações extraídas em 10/04/2024 às 10:37

Cotação do dólar

A cotação do dólar hoje tem alta de 0,94% a R$ 5,0554.

O dólar hoje repercute sobretudo o CPI acima do esperado nos Estados Unidos e acompanha a alta dos treasury yields por lá.

Bolsas asiáticas fecham em baixa após Fitch rebaixar rating da China

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira (10), após a Fitch rebaixar a perspectiva do rating soberano chinês e com investidores demonstrando cautela antes da publicação de novos dados da inflação dos EUA.

Hoje, na China continental, o índice Xangai Composto recuou 0,70%, a 3.027,33 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda de 1,74%, a 1.720,28 pontos.

Mais cedo, a Fitch rebaixou sua perspectiva para a nota de crédito soberana A+ da China, de estável para negativa, em função dos “crescentes riscos” às finanças do gigante asiático. Em resposta, o Ministério de Finanças chinês disse que a dívida do país é “administrável” e está “sob controle”.

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Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei caiu 0,48% em Tóquio, a 39.581,81 pontos, e o Taiex registrou leve perda de 0,16% em Taiwan, a 20.763,53 pontos. Já a bolsa de Seul não operou hoje devido a eleições parlamentares na Coreia do Sul.

A falta de apetite por risco na região asiática também precede a divulgação, nas próximas horas, de números mensais da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, que podem influenciar as expectativas para futuros cortes dos juros básicos americanos. À noite, está prevista atualização da inflação mensal da China, tanto ao consumidor (CPI) quanto ao produtor (PPI).

Exceção, o Hang Seng driblou o mau humor predominante na Ásia e subiu 1,85% em Hong Kong, a 17.139,17 pontos, apoiado por ações de tecnologia e financeiras.

Na Oceania, a bolsa australiana encerrou a sessão com ganhos, aproximando-se ainda mais de sua máxima histórica, à medida que ações de mineradoras foram impulsionadas pela força recente dos preços do minério de ferro. O S&P/ASX 200 avançou 0,31% em Sydney, a 7.848,50 pontos.

Último fechamento do Ibovespa

O Ibovespa encerrou a sessão de ontem (09) em alta de 0,80%, aos 129.890,37 pontos.

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Guilherme Serrano Silva

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