Ibovespa fecha em queda aos 127 mil pontos, na contramão de NY; Petrobras (PETR4) recua, Petrorecôncavo (RECV3) dispara e Magazine Luiza (MGLU3) tomba

O Ibovespa abriu a sessão desta quinta-feira (18) em alta, mas ainda durante a manhã virou para o campo negativo. O índice fechou em queda de 0,94% aos 127.315,44 pontos.

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O petróleo, que operava com leves quedas, fechou em em alta nesta quinta-feira, 18, de olho em sinais de aperto nas dinâmicas de oferta e demanda, com queda nos estoques norte-americanos e tensões no Oriente Médio.

Na Nymex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março teve alta de 2,02% (US$ 1,47), a US$ 73,95 o barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para igual mês subiu 1,56% (US$ 1,22), a US$ 79,10 o barril.

Petrobras, que operava no positivo, passou a cair: Petrobras ON (PETR3) recuou 0,74% a R$ 38,98 e Petrobras PN (PETR4) tem queda de 0,40% a R$ 37,73.

A Vale (VALE3) caiu 0,65% a R$ 69, mesmo após o minério de ferro ter subido nesta madrugada na China.

A maior alta do Ibovespa foi da Petrorecôncavo (RECV3), +10,98% a R$ 22,85, seguida por 3R Petroleum (RRRP3), +5,93% a R$ 29,92, em linha com rumores sobre uma possível fusão entre as empresas.

Na ponta negativa, Vamos (VAMO3) lidera as perdas com -4,35% a R$ 8,58, seguida por Energisa (ENGI11), -4,24% a R$ 50,57. Magazine Luiza (MGLU3) tem a terceira maior queda da sessão, com -4,19% a R$4,12.

Mercado em NY

As bolsas de Nova York abriram a sessão de hoje em direção mista, com os investidores calibrando as expectativas após o Livro Bege, falas de Cristopher Waller e o número de pedidos de seguro-desemprego, que ficou em 187 mil nesta semana, ante consenso de 207 mil. Acabaram em alta.

Confira o desempenho dos índices no fechamento:

  • Dow Jones: +0,54% a 37.468 pontos
  • S&P500: +0,88% a 4.780 pontos
  • Nasdaq: +1,35% a 15.055 pontos

No radar dos investidores

O mercado deve seguir atento aos desdobramentos da crise no Oriente Médio, onde o Irã segue atacando países vizinhos, enquanto os Estados Unidos atuam contra os rebeldes houthis do Iêmen.

No Brasil, segue o debate em relação à meta fiscal do déficit zero, uma vez que o TCU alertou para a possibilidade de déficit de até R$ 55,3 bilhões em 2024.

Por aqui, também fica no radar o setor de siderurgia, já que os produtores nacionais vêm travando uma batalha para garantir uma sobretaxa ao aço importado da China.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

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Cotação do dólar hoje

O dólar fechou com leve alta de 0,02%, a R$ 4,9311.

O dólar passava por um movimento de realização nesta quinta-feira após registrar um ganho acumulado de 1,49% nas últimas três sessões da semana, mas virou para o positivo ainda durante a manhã.

Bolsas asiáticas fecham em alta com tecnologia em destaque

As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta quinta-feira, numa recuperação parcial das fortes perdas de ontem, em meio ao bom desempenho de ações de tecnologia.

Hoje, na China continental, o índice Xangai Composto subiu 0,43%, a 2.845,78 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,22%, a 1.702,45 pontos. Destacaram-se empresas de tecnologia como Semiconductor Manufacturing International Corp. (+2,1%) e LONGi Green Energy Technology (+7%).

Os mercados chineses, porém, apagaram apenas uma fração das quedas de mais de 2% do pregão anterior, quando dados econômicos mais fracos do que o esperado pesaram nos negócios.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng avançou 0,75% em Hong Kong hoje, a 15.391,79 pontos, também sustentado por papéis de tecnologia e depois de sofrer tombos em pregões recentes. O sul-coreano Kospi subiu 0,17% em Seul, a 2.440,04 pontos, com ajuda da Samsung Electronics (+1%) e da SK Hynix (+4%). Já o Taiex registrou ganho de 0,38% em Taiwan, a 17.227,79 pontos.

A melhora do sentimento no setor de tecnologia foi provavelmente motivada por resultados trimestrais acima do esperado da Taiwan Semiconductor Manufacturing Co (TSMC), maior fabricante de chips do mundo, segundo a chefe de pesquisa de varejo do Maybank, Sonija Li. Embora o lucro da TSMC no trimestre até dezembro tenha caído na comparação anual, o resultado superou a expectativa de analistas consultados pela S&P Global Market Intelligence.

Exceção na região asiática hoje, o japonês Nikkei ficou praticamente estável em Tóquio, com baixa marginal de 0,03%, a 35.466,17 pontos, depois de renovar várias máximas em quase 34 anos em pregões recentes.

Na Oceania, a bolsa australiana contrariou o tom predominante na Ásia e ficou no vermelho pela quinta sessão consecutiva. O S&P/ASX 200 caiu 0,63% em Sydney, a 7.346,50 pontos. Maior empresa listada na Austrália em termos de capitalização de mercado, a mineradora BHP caiu 1,8%, após divulgar balanço de produção.

Bolsas europeias sobem à espera de ata do BCE

As bolsas europeias têm alta majoritária na manhã desta quinta-feira, enquanto investidores aguardam novos sinais da trajetória dos juros na zona do euro.

Confira o desempenho dos índices por volta das 08h:

Londres (FTSE100): +0,07% a 7.451 pontos
Frankfurt (DAX): +0,46% a 16.507 pontos
Paris (CAC 40): +0,55% a 7.359 pontos
Madrid (Ibex 35): -0,04% a 9.863 pontos
Europa (Stoxx 600): +0,49% a 4.424 pontos

No meio da manhã, o Banco Central Europeu (BCE) divulga ata da reunião de política monetária de dezembro, quando deixou suas principais taxas de juros inalteradas pela segunda vez consecutiva.

Depois disso, a partir das 12h15 (de Brasília), a presidente do BCE, Christine Lagarde, participa de painel em Davos, na Suíça, onde acontece o Fórum Econômico Mundial. Em entrevista à Bloomberg, Lagarde disse ontem que o primeiro corte de juros provavelmente virá durante o verão europeu, mas ressaltou que ainda não é possível declarar vitória na batalha contra a inflação.

O futuro da política monetária nos EUA também segue no radar. Dados fortes do setor varejista americano ajudaram a derrubar as apostas para uma redução de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em março. De lá para cá, porém, a hipótese de corte voltou a se fortalecer um pouco, para cerca de 61%, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

Ibovespa na quarta-feira

O Ibovespa encerrou a sessão de ontem (17) em queda de 0,60%, aos 128.523,83 pontos.

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Guilherme Serrano Silva

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