Huawei lançará novo sistema operacional em junho, driblando sanções dos EUA

A Huawei afirmou que irá lançar um novo sistema operacional – o HarmonyOS – no dia 2 de junho, abrindo mão da utilização do Android e contornando as sanções dos Estados Unidos. As informações são da agência Reuters.

 

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Contudo, a Huawei não detalhou se deve realizar outros lançamentos na ocasião ou se irá atualizar o sistema operacional de smartphones já existente.

A gigante chinesa da tecnologia sofreu com medidas do governo americano que impediram o Google (GOGL34) de fornecer suporte técnico para os novos modelos de smartphones, e também restringiram os acessos ao Google Mobile Services, pacote de serviços que é base para a esmagadora maioria dos aplicativos disponíveis para Android.

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Além disso, sanções de 2019 impediram a Huawei de acessar tecnologia de origem norte-americana, limitando a capacidade da companhia de projetar chips e fornecer componentes de fornecedores externos.

A companhia já figurou com a maior fabricante de smartphones do mundo, mas agora ocupa o 6º lugar na lista global, com participação de mercado de 4% no primeiro trimestre de 2021.

Atualmente, dados os resultados globais do primeiro trimestre de 2021, a lista das maiores produtoras é:

  1. Samsung
  2. Apple
  3. Xiaomi
  4. OPPO
  5. vivo

Um dos fatores que mais complicou o seu desempenho foram os entraves criados na gestão do republicano Donald Trump, que mantinha a companhia em uma lista de empresas “proibidas”, incluindo restrições a investimentos e sinalizando suspeição de vínculos com o Partido Comunista Chinês.

A lista já incluiu companhias como a ZTE, SMIC, Comac, Global Tone e a Xiaomi, concorrente no setor de smartphones que teve as restrições retiradas recentemente, sob a administração de Biden.

EUA retiram Xiaomi da lista, mas mantiveram Huawei

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos decidiu por retirar a Xiaomi da lista no dia 11 de maio. A Xiaomi chegou a ponto de processar grandes órgãos dos EUA, como o Pentágono e o Tesouro dos Estados Unidos, em decorrência de uma ordem direta do então presidente Donald Trump, ainda em janeiro, que elencava oito companhias da China em que americanos não poderiam investir.

A mudança dá mais fôlego à fabricante de smartphones oriental, que já vende dois a cada três smartphones na Espanha, por exemplo. A empresa tem conquistado o mercado global por meio de preços acessíveis em aparelhos que possuem alto desempenho em termos de hardware.

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“A administração Biden está profundamente preocupada com os potenciais investimentos dos EUA em empresas ligadas aos militares chineses e totalmente comprometida em manter a pressão sobre essas empresas”, disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Emily Horne.

Em março, um juiz federal de Washington criticou a inclusão da empresa na lista, chegando a suspender a medida. O magistrado pôs em questionamento as justificativas de segurança nacional, que respaldam a estadia das demais companhia na lista, como Huawei e a ZTE.

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Eduardo Vargas

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