Home office: trabalho remoto será mais comum após a pandemia

O home office ganhou mais adeptos após o início da pandemia de coronavírus (covid-19) já que governos ao redor do mundo recomendaram o isolamento social como medida para tentar conter a disseminação do novo vírus.

Home office, significa “escritório em casa”, e antes da determinação de isolamento social era praticado, principalmente por trabalhadores independentes, e por algumas empresas com funcionários que não precisavam ou não podiam trabalhar nos escritórios convencionais.

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Para algumas companhias, os funcionários tem mais concentração quando trabalham em casa, em contrapartida, algumas empresas alegam que o trabalho perde um pouco da qualidade e o serviço é feita de forma mais lenta.

O instituto Ideia Big Data realizou uma pesquisa por telefone, com 1581 pessoas, entre os dias 31 de março e 1 de abril e informou que cerca de 59% da população brasileira acredita que home office vai aumentar após o período de pandemia.

O professor da Fundação Getúlio Vargas, André Miceli, também comandou uma pesquisa sobre trabalho remoto e concluiu que a modalidade deve crescer 30% após o fim da pandemia, pois a situação atual deve impactar as culturas organizacionais gerando mudanças.

“O home office já se mostrou efetivo. Aliado a isso, você tira carros da rua, desafoga o transporte público, mobiliza a economia de outra forma. E você faz com que as pessoas tenham mais tempo para cuidar da saúde delas e que elas possam usufruir de coisas que lhe dão prazer sem que você tenha uma redução das entregas e do faturamento”, informou Miceli em sua pesquisa.

Desse modo, é notável que o trabalho remoto não influencia somente o empregado e o serviço, mas as famílias, o trânsito, a saúde pública e até mesmo a economia. De acordo com um pesquisador da Quanta Consultoria, Guilherme Vianna, o Brasil perde aproximadamente R$ 267 bilhões anualmente, por causa dos congestionamentos.

Empresas que aderiram ao home office

Para evitar a disseminação novo coronavírus, e aderindo a medida de isolamento social indicada pelos governos, diversas empresas adotaram a modalidade de para continuarem funcionando.

A XP decidiu liberar todos os funcionários que pudessem trabalhar de forma remota após identificar o segundo caso de pessoas infectadas na empresa para reforçar os cuidados com a pandemia. A CSN também liberou a prática a quem quisesse.

Veja também: Home office: confira sete dicas para trabalhar de forma produtiva

A Linx (LINX3) comunicou ao mercado no dia 16 de maio que seus funcionários também trabalhariam remotamente.

Já a Google recomendou o a modalidade para empregado da América do Norte, África e Oriente Médio, enquanto que Amazon, Facebook e Twitter pediram para funcionários de Seattle, nos EUA, para trabalharem de casa.

Além disso, a Oi (OIBR3), visando aproveitar a onda de trabalho remoto que as pessoas estão tendo que exercer, devido a pandemia, está lançando uma nova plataforma chamada “Smart Office 4.0”. A ferramenta une conectividade e computação digital para ajudar pessoas que fazem home office.

A ideia da operadora é surfar a onda de home office implementada por muitas empresas que puderam utilizar o recurso para não ter que pausar algumas atividades.

Laura Moutinho

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