O motor invisível do Grupo Carrefour Brasil: como a operação imobiliária gera valor, eficiência e transformação urbana
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(MATERIAL PUBLICITÁRIO)

Pouco conhecido fora do mercado corporativo, Carrefour Property, a operação imobiliária do Grupo Carrefour Brasil movimenta silenciosamente um dos maiores portfólios de ativos do país. Com mais de 17 milhões de metros quadrados de terrenos próprios, a área atua como uma incorporadora dentro da companhia, transformando antigas lojas e estacionamentos em centros urbanos multifuncionais e ajudando o Grupo a gerar eficiência operacional, cumprir metas de descarbonização e expandir suas frentes de receita.
Ao longo de 50 anos de atuação no Brasil, o Grupo acumulou propriedades em regiões estratégicas, muitas delas adquiridas quando as cidades ainda estavam em expansão. Hoje, essas áreas ganham novos significados.
A unidade desenha projetos de uso misto, reduz e otimiza salões de venda superdimensionados, amplia galerias comerciais e atrai grandes redes como Leroy Merlin, Decathlon, Obra Max e Smart Fit para dividir o espaço — e multiplica as possibilidades. Com mais de 250 galerias e 400 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL), o Carrefour Property já está entre os maiores operadores de shoppings do país.
“O Grupo é dono de cerca de 80% das lojas que opera. Isso nos dá uma autonomia estratégica e um potencial de geração de valor imenso”, explica Liliane Dutra, CEO do Carrefour Property. “A gente deixa de pensar só como varejo e passa a pensar como vetor urbano.”

Um dos exemplos mais emblemáticos dessa transformação é o Complexo Alto das Nações, localizado na Avenida das Nações Unidas, no bairro da Chácara Santo Antonio, em São Paulo, onde funciona o antigo Hipermercado Carrefour da Marginal Pinheiros, e endereço da primeira loja da rede no País.
O terreno de quase 60 mil metros quadrados deu lugar a um projeto multiuso que reúne o Paseo Alto das Nações Mall — um centro comercial de mais de 5 mil m² de ABL —, uma torre corporativa, uma torre residencial, uma torre mista e um parque com 32 mil m² de área verde aberta ao público.
Com isso, o que antes era um espaço fechado e voltado exclusivamente para carros se tornou uma nova centralidade urbana, de uso misto e integração com a cidade.
Essa lógica se espalha por outras capitais e também por cidades médias, principalmente nas regiões Sul e Nordeste, onde a companhia incorporou terrenos após a aquisição do Grupo BIG. Em muitos casos, a área atua em parceria com incorporadoras para desenvolver seus projetos; em outros, avalia propostas de universidades, operadores logísticos, data centers e até hospitais.
Mais do que otimizar espaços, o Carrefour Property está redesenhando os usos do solo urbano com foco na valorização dos ativos e no impacto positivo para o entorno.
Eficiência energética e metas ESG
Além de transformar imóveis em centros urbanos vivos, a área também atua como guardiã da eficiência energética do Grupo.
Com sensores conectados por internet das coisas, inteligência artificial e automação predial, a empresa monitora em tempo real os equipamentos de frio alimentar, que são os maiores consumidores de energia nas lojas.
O sistema detecta anomalias, aprende o padrão de funcionamento de cada loja e antecipa falhas antes que elas causem prejuízos ou desperdícios.
“Temos outro chapéu que faz parte do escopo da BU, que é a parte de eficiência energética. E aí não é monetizar, é economizar”, explica Liliane Dutra, CEO do Carrefour Property.
Ela ressalta que a energia é a segunda maior linha de custo operacional em uma operação de atacarejo e varejo, e que a companhia tem um “olho muito grande nisso, em termos de redução de custo operacional”. Segundo a executiva, os compromissos firmados pelo controlador francês “trazem padrões fortes de ESG, com a transição para uma matriz limpa até 2030.”
Segundo o Relatório Anual de Sustentabilidade 2024, 26,4% da energia consumida pelas lojas do Grupo Carrefour Brasil já vem de fontes renováveis. A meta é instalar painéis solares em todas as unidades até 2030, embora isso cubra apenas 30% da demanda.
Para os demais 70%, a aposta é na eficiência. A empresa também está substituindo gradualmente o gás refrigerante R22, de alto impacto ambiental, por opções mais ecológicas. A transição deve ser concluída até 2030. Todas essas iniciativas fazem parte do compromisso climático assumido junto ao controlador francês, que impõe metas rígidas de descarbonização e economia circular.
Ao evitar desperdícios de energia, a companhia não apenas melhora sua performance operacional como reforça sua responsabilidade ambiental. E nesse esforço, o Carrefour Property tem papel de protagonista — mesmo sem estar diretamente ligado ao varejo de prateleira.
O que vem pela frente
Para os próximos anos, o foco está na organização do portfólio e no avanço dos projetos que já estão em curso. A possibilidade de coinvestimentos com fundos ou parceiros estratégicos está sendo estudada, mas não é prioridade neste momento.
O objetivo central é extrair o máximo de valor dos ativos que a empresa já possui, e fazê-lo de maneira responsável, eficiente e com impacto urbano positivo.
Ao ressignificar cada metro quadrado, o Carrefour Property constrói uma narrativa silenciosa de transformação: revaloriza bairros, atrai novos públicos, reduz custos e amplia receitas. Em um setor com margens cada vez mais estreitas, essa engenharia urbana pode ser o diferencial mais poderoso do varejo moderno.