Greve dos caminhoneiros: após encontro com Bolsonaro, representantes mantêm protestos; 13 estados têm paralisações

O Ministério da Infraestrutura atualizou na tarde desta quinta-feira (9) as informações sobre a greve dos caminhoneiros. Segundo a pasta, às 14h30, eram registrados pontos de concentração em rodovias federais de 13 estados. O presidente Jair Bolsonaro recebeu no início da tarde representantes da categoria no Palácio do Planalto. Líderes da categoria disseram que vão continuar com as paralisações nas estradas.

Querem se encontrar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Alguns líderes reforçaram que a pauta das reivindicações dos caminhoneiros inclui o “avanço da discussão” sobre o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF),

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A Polícia Rodoviária Federal informa que houve redução de 35% nos bloqueios de rodovias no início da tarde, sem pontos de interdições totais. Cinco têm bloqueios parciais.

Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná são os que concentram mais da metade dos protestos, disse o Ministério da Infraestrutura. A greve dos caminhoneiros continua ainda com aglomerações nos estados da Bahia, Mato Grosso, Pará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Goiás, Maranhão, Rio de Janeiro e Tocantins.

Segundo a pasta, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) zerou a lista de pontos sensíveis com bloqueios de caminhões para saída ou entrada, em especial em Paulínia e São José dos Campos, no Estado de São Paulo.

A PRF emprega cerca de 2 mil oficiais e utiliza cinco aeronaves em apoio para monitorar as manifestações. “Estamos presentes em todos os locais de ocorrências e seguimos trabalhando para garantir o livre fluxo nas rodovias federais, permitindo o escoamento da produção e mantendo nossa economia em plena atividade”, escreveu a autoridade, no Twitter (TWTR34).

Por volta de 15h, a PRF disse registrar um crescimento em pontos de concentração e diminuição nos pontos de bloqueio, indicando “um arrefecimento da movimentação”.

Bolsonaro faz apelo para fim dos bloqueios

Na noite de quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro enviou um áudio a caminhoneiros pedindo os fim das manifestações. Tarcísio Freitas, ministro da Infraestrutura, endossou o apelo.

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Hoje, ao se reunir com o presidente da República os representantes da categoria, conforme reportou o jornal O Globo, disseram que não vão desmobilizar as paralisações até o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, recebê-los.

Segundo um representante do grupo ouvido pela reportagem, Jair Bolsonaro não pediu o cessar da greve dos caminhoneiros.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, esteve com o presidente nas conversas com lideranças dos caminhoneiros com objetivo de acabar com os bloqueios nas rodovias.

Os novos corredores logísticos essenciais liberados pela PRF nas últimas horas foram: BR-285/Rio Grande do Sul (Passo Fundo); BR-285/Rio Grande do Sul (São Borja); BR-386/Rio Grande do Sul (Sarandi); BR-386/Rio Grande do Sul (Mato Castelhano); BR-381/Minas Gerais (Igarapé); BR-447/Espírito Santo (Porto de Capuaba).

Greve dos caminhoneiros ameaça desabastecimento

O mercado de gás de cozinha em Minas Gerais deverá mostrar sinais de falta de abastecimento por causa da paralisação dos caminhoneiros, informou o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (Asmirg), Alexandre Borjaili. O executivo também recebeu informes da possível falta do produto também em outros Estados.

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“Temos informações que em várias regiões do Brasil que já começam a registrar crise no abastecimento”, disse Borjaili sobre o movimento de apoio de parte da categoria ao presidente da República, Jair Bolsonaro, que ameaça paralisar o Brasil.

A greve dos caminhoneiros reflete os atos do 7 de Setembro organizados pelo presidente Jair Bolsonaro. Parte do grupo pede a saída de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o fechamento do Congresso Nacional e uma intervenção militar.

(Com Estadão Conteúdo)

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Arthur Guimarães

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