Forte geração de caixa da Vale (VALE3) faz XP enxergar upside de 27%

A Vale (VALE3) reportou mais um resultado sólido no quarto trimestre do ano passado e, na visão da XP Investimentos, a forte geração de caixa e os robustos dividendos a serem pagos justificam a recomendação de compra das ações.

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Em relatório divulgado na madrugada desta sexta-feira (26), a corretora reiterou sua indicação de compra da mineradora, com um preço-alvo de R$ 122, um upside de pouco mais de 27% sobre a cotação atual. Para a XP, o principal destaque do balanço da Vale foi a realização de preços do minério de ferro acima do esperado.

De acordo com a companhia, os preços da comercialização da commodity entre outubro e dezembro do ano passado foi de US$ 130,70 por tonelada, alta de 17% em comparação ao trimestre imediatamente anterior e 8% acima do estimado pelos analistas Yuri Pereira e Thales Carmo.

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A geração de caixa operacional foi de US$ 4,9 bilhões, sobretudo em função do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado mais forte, na ordem de US$ 9,1 bilhões (excluindo o acordo de Brumadinho).

Isso fez com que o endividamento da empresa fosse enxugado — outro ponto que a XP destaca no balanço. A alavancagem financeira, dada pela relação entre dívida líquida e Ebitda, caiu para -0,1 vez (de 0,3 vez no terceiro trimestre), totalizando um endividamento líquido negativo em US$ 898 milhões.

Para a corretora, a Vale está sendo negociada a 2,8 vezes EV/Ebitda projetado para 2021, contra entre 5 vezes e 5,5 vezes dos pares globais. Segundo os analistas, a companhia deve passar a negociar com prêmio contra seus concorrentes globais por conta das seguintes razões:

  • Mudanças estruturais no setor siderúrgico na China, favorecendo os produtos da Vale;
  • Tendência de queda para os custos no longo prazo com a retomada das operações;
  • Forte distribuição de dividendos.

Vale anuncia pagamento de dividendos, com yield de 4,3%

Junto ao resultado de ontem, a Vale anunciou o pagamento de dividendos relativos ao balanço até 30 de setembro de 2020.

A companhia irá pagar R$ 3,426505027 por ação em dividendos e o valor líquido de R$ 0,7104996626 por ação em juros sobre o capital próprio (JCP).

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Considerando o total líquido de R$ 4,14, a distribuição corresponde a um rendimento — dividend yield — de 4,32% sobre a cotação atual. O pagamento está agendado para o dia 15 de março e terão direito ao provento os investidores com posição acionária no dia 4 de março.

As ações ordinárias da Vale encerraram o pregão na última quinta-feira (25) cotadas a R$ 95,71, após uma queda de 2,27%. Nos últimos 12 meses, os papéis subiram 98,37%, impulsionados pela disparada do preço do minério de ferro no mercado mundial.

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Jader Lazarini

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