Fusão entre TIM e Oi pode sair do papel, diz BTG

A aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 79/2016, na última quarta-feira (11), pode alterar o ambiente regulatório do segmento de telefonia, segundo analistas. As alterações na lei podem abrir caminho para a recuperação da Oi (OIBR3; OIBR4), levantando a possibilidade de alguma fusão ou venda de suas operações.

Após a decisão do Senado, o banco BTG Pactual disse que “a Oi é um ativo estratégico para os investidores que desejam entrar ou expandir a sua presença no mercado brasileiro de telecomunicações”.

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Os analistas do banco Carlos Sequeira, Bernardo Teixeira e Osni Carfi disseram que, movido pelas suas “ultra-sinérgicas” redes e servições, a possibilidade de fusão entre Oi e TIM (TIMP3) aumentou consideravelmente.

A especulação sobre a parceria das companhias está sendo veiculada há vários meses.

Quanto a Oi custa

Pelas estimativas do BTG, em uma das possíveis situações, caso o múltiplo justo da Oi for considerado 5,5 vezes o valor da empresa sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), e assumindo que esta métrica esteja avaliada em R$ 5,5 bilhões, o valor da empresa soma R$ 30 bilhões.

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Neste cenário, o patrimônio líquido da Oi seria de R$ 12 bilhões (R$ 2 por ação), possuindo uma dívida líquida de R$ 18 bilhões. Portanto, o valor patrimonial seria de R$ 17,7 bilhões, ou R$ 3 por ação.

Já com um Ebitda de R$ 6 bilhões, com o mesmo múltiplo de 5,5 vezes, o valor da empresa subiria para R$ 33 bilhões, com um patrimônio de R$ 15 bilhões. Isso equivalente a R$ 2,50 por ação. Utilizando a dívida líquida reportada pela companhia, nessas premissas, patrimônio por ação seria de R$ 3,40, afirmam os analistas.

Lei das Teles

O Senado aprovou na noite da última quarta (11), em uma votação simbólica, a Lei das Telecomunicações (PLC 79/2016). A nova proposta propõe alterar as normas de concessão da telefonia fixa.

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“A nova lei moderniza o antigo arcabouço regulatório do setor de telecomunicações e firma as fundações para uma nova era de desenvolvimento focado em serviços de alta demanda para a população brasileira”, explicam os analistas do BTG.

A mudança beneficiaria a Oi, uma vez que a operadora deixaria de ser concessionária e competiria em igualdade com suas concorrentes.

Jader Lazarini

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