Fundos de Previdência complementar têm maior patamar de alocação da história em renda fixa

Segundo informações da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp),os fundos de previdência estão com a maior alocação em ativos de renda fixa da história.

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Em coletiva nesta terça (17), Jarbas de Biasi, que preside a Abrapp, confirmou que o patamar de alocação é de cerca de 80%, representando o então número recorde.

“De 2016 para cá, de fato é o maior patamar que tivemos. Isso porque vemos vários títulos [de renda fixa] com uma remuneração muito atrativa”, declarou.

Na ocasião, Biasi disse que no cenário mais otimista possível, os fundos de previdência devem fechar o ano de 2023 em déficit.

“O déficit vai diminuir, é um movimento natural, mas mesmo no melhor cenário ele não vai ser zerado”.

O executivo ainda acrescentou que, mesmo se a tendência se revertes, “um ou outro plano” devem ter déficit mesmo com o número final consolidado zerando.

A associação traçou três cenários para 2023. No mais pessimista, a bolsa fecharia o ano a 90 mil pontos, e os fundos associados teriam rentabilidade de cerca de 9,3%. No cenário de ‘meio termo’, a bolsa fecharia a 118 mil pontos e a rentabilidade seria de 11,8%.

O cenário mais otimista seria de Ibovespa a 133 mil pontos, que traria uma rentabilidade de 13,1%.

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Regulamentação de fundos de previdência

Durante a coletiva, os executivo ainda defenderam reiteradas vezes que a regulamentação atual deveria ser alterada.

Atualmente a Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) atua como supervisora, contudo o Tribunal de Contas da União (TCU) também realiza a fiscalização.

“Não faz sentido ter fiscalização do TCU e da Previc. A questão não é ‘não querer ser fiscalizado’, mas sim entender que há situações em que se tem pareceres e orientações diferentes entre as partes”, declarou o presidente da Abrapp.

“Entendemos que quem tem competência para fiscalizar é a Previc. O TCU pode fiscalizar as patrocinadoras, e tem competência para fiscalizar a própria Previc”, concluiu o representante da associação de fundos de previdência complementar.

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Eduardo Vargas

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