KNSC11 paga menores dividendos em 4 meses, após registrar retração no lucro
Ao longo do mês de junho, o fundo imobiliário KNSC11 teve um resultado líquido de R$ 18,8 milhões. Esse resultado mostra uma retração em comparação com o mês anterior, quando o fundo havia registrado um lucro de R$ 22,3 milhões.
A receita proveniente de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) somou R$ 20,4 milhões, enquanto as despesas do KNSC11 ficaram em R$ 1,8 milhão.
Em relação à distribuição de dividendos do KNSC11, o fundo distribuiu o valor de R$ 0,09 por cota. Trata-se do menor valor distribuído nos últimos quatro meses, totalizando R$ 18,2 milhões.
Esse valor representa um retorno líquido, isento de IR para pessoas físicas, de 0,98% com base na cota média de entrada de R$ 9,19. Esse retorno equivale a 89% da taxa DI do período, ou 105% do CDI quando ajustado pelo gross-up da alíquota de 15% de imposto.
A performance dos CRIs indexados à inflação foi diretamente impactada pelas variações do IPCA dos dois meses anteriores à apuração. Como reflexo disso, os resultados de junho, que serão distribuídos em julho, foram influenciados pelos índices de abril (0,43%) e maio (0,26%).
Já os CRIs pós-fixados, atrelados ao CDI, foram favorecidos pelo patamar elevado da taxa Selic. No final de junho, o Copom optou por elevar a taxa básica em 0,25 ponto percentual, levando-a ao nível de 15,00% ao ano. Esse novo patamar deve contribuir positivamente para os rendimentos do KNSC11.
Carteira e novos investimentos do KNSC11
No fechamento de junho, a carteira do FII KNSC11 indicava uma alocação de 110% do patrimônio em ativos-alvo e 0,8% em instrumentos de caixa. Do total, 64% estavam aplicados em CRIs atrelados ao IPCA, com retorno médio de IPCA + 10,22% ao ano e prazo médio de 7,4 anos.
Outros 45,8% estavam alocados em CRIs indexados ao CDI, que rendem, em média, CDI + 3,31% ao ano e possuem prazo médio de 3,8 anos. A gestora destacou ainda que não foram registrados eventos negativos de crédito na carteira.
Nos novos investimentos, o mês foi marcado por aportes em duas operações de CRI. A primeira delas movimentou R$ 6,5 milhões em um título com taxa de CDI + 3,50%, cujo devedor é o fundo BLOG11, com foco em galpões logísticos localizados em Garuva (SC) e Igarassu (PE), ambos totalmente locados.
A segunda operação do KNSC11 contou com investimento de R$ 13,6 milhões em um CRI vinculado à MRV (Pro-soluto 429 e 469), com taxa de CDI + 4,60%. A base do crédito está em uma carteira pro-soluto cedida pela MRV, estruturada com excedente de recebíveis, subordinação e fundo de reserva com recomposição obrigatória.
