MXRF11: Após emissão, investidores do FII monitoram agilidade na alocação

Com a sétima emissão de cotas do MXRF11, ou Maxi Renda, em andamento há mais de um mês, os acionistas têm agora de começar a prestar atenção em como será a alocação dos recursos levantados.

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“A partir do fim da subscrição do MXRF11, o fundo imobiliário deve começar a alocar. O investidor precisa ficar atento à velocidade da alocação e compará-la com outros casos. Se as outras foram mais rápidas, ponto de atenção, porque quanto mais rápido, melhor”, afirmou Jacinto Santos, analista da FundExplorer, em transmissão conjunta com Tiago Reis, do Grupo Suno, feita nesta quarta-feira (15).

“Mas nem sempre isso é possível e, se não for possível, o investidor tem de cobrar da gestão os motivos”, completa. Para o analista, quando a alocação demora a ser feita, quem investiu nas cotas tem de se perguntar: “o que os gestores estão vendo que eu não estou?”.

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Tendo a data de início de subscrição começado no no dia 12 de março, a conversão deve acontecer em breve, seguindo a média – o período de aquisição das sobras encerrou no dia 12 abril.

“O MXRF11 está pagando um dividend yield de 0,77% ao mês. É bastante alto e interessante, mas não foge muito disso. Quando foge, é porque fez emissão, como agora”, diz. Com o processo recente, Jacinto afirma que, nos próximos meses, os cotistas não devem estranhar se houver uma baixa nos dividendos.

Isso porque o MXRF11 irá ficar com um caixa gordo e, momentaneamente, terá um número maior de cotistas sem ter novos investimentos. “Ele aumentará a base de cotistas sem investir, por isso é possível que os rendimentos caiam no futuro próximo e é por isso que a alocação do capital não deve demorar”, analisa.

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MXRF11 já vendeu grande maioria das novas cotas

Até a publicação do último documento, o MXRF11 já havia levantado cerca de R$ 401 milhões na sua nova emissão. Restam, após as duas rodadas, cerca de 4,9 milhões de ações a serem negociadas, ou R$ 48,1 milhões. A gestão espera levantar, sem considerar um possível lote adicional, R$ 450 milhões com a movimentação.

“Este fundo imobiliário tem mais de uma estratégia de investimento. Hoje investe principalmente em CRIs e em permutas financeiras, que são trocas financeiras entre uma incorporadora e um terreneiro, por exemplo, e isso não deve mudar muito”, afirmou Jacinto.

Entre os riscos para o MXRF11, Jacinto aponta para a questão dos papéis em que a gestão optará por investir. “É um fundo que já passou por inadimplência por ser um fundo de CRI. A gestão fala que não afeta, mas pode acontecer. Toda movimentação de FII é estudada, a gestão estuda o risco de crédito, mas o investidor também tem de supervisionar”, completa.

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Vitor Azevedo

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