Fundo imobiliário CVBI11 acabou? Não, só mudou de nome; entenda
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O fundo imobiliário CVBI11 deixou de ser negociado sob esse ticker na B3 a partir do pregão da última quinta-feira, 24 de setembro. A mudança não representa encerramento ou liquidação, mas sim a atualização de sua denominação e ticker, aprovada em assembleia de cotistas neste mês.

Em 1º de setembro, a BRL Trust, administradora do fundo, e oo Patria Real Estate, gestor, convocaram assembleia geral extraordinária (AGE) para deliberar sobre a alteração do nome do até então fundo imobiliário CVBI11. O resultado da consulta, divulgado em 17 de setembro, confirmou a aprovação da proposta.
Com isso, o veículo agora passa a ser negociado como “Patria Crédito Imobiliário Índice de Preços Fundo de Investimento Imobiliário – Responsabilidade Limitada”, com novo código “PCIP11” e nome de pregão “FII PCIP PAX”.
O gestor informou que a alteração está inserida no processo de consolidação da marca Patria, responsável pelo controle da plataforma VBI. O objetivo é reforçar a identidade do fundo CVBI11 e destacar sua estratégia de investimento em CRIs indexados à inflação.
Conforme os comunicados, não houve qualquer modificação na política de investimentos ou no regulamento do fundo. A mudança se restringe à identidade visual e ao código de negociação, sem impacto para a gestão ou para a carteira.
CVBI11 em processo de consolidação da carteira
A mudança de nome e ticker faz parte de um processo de reposicionamento que inclui também a incorporação de outros fundos de recebíveis do Patria, o PLCR11 e o BARI11. Ambos passaram por um processo de encerramento aprovado em assembleia, que definiu a dissolução e liquidação de ambos. A estratégia adotada foi de vender todos os ativos de suas carteiras para o fundo CVBI11, consolidando a operação em um único fundo de papel.
A decisão contou com a aprovação dos cotistas dos dois fundos. Com isso, desde o fechamento do pregão de 22 de julho, as cotas de PLCR11 e BARI11 deixaram de ser negociadas na B3.
Em julho, o FII CVBI11 concluiu o mês com praticamente todo o patrimônio líquido alocado, cerca de 97,4% do total. A maior fatia, correspondente a 87,8%, estava direcionada a Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e operações estruturadas.
Esses papéis apresentavam, na média, uma rentabilidade anualizada de 17,2%, sendo IPCA + 11,2% ao ano, com prazo médio de 4,3 anos e spread de 2,8% ao ano. O fundo não registrava, na data de 31 de julho, posições em operações compromissadas.
A carteira do CVBI11, composta por 47 CRIs e duas operações estruturadas, mantinha forte predominância de ativos atrelados ao índice de preços. Cerca de 92% estavam indexados ao IPCA, com retorno médio de IPCA + 11,5% ao ano, enquanto os 8% restantes tinham referência no CDI, rendendo CDI + 5% ao ano.