BTHF11 paga dividendos de 13,35% ao ano e revela o que mudou após incorporar BCFF11
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Em julho, o fundo imobiliário BTHF11 apresentou um lucro líquido de R$ 19,333 milhões, valor inferior ao registrado no mês anterior, quando havia alcançado R$ 21,668 milhões.

A receita total do BTHF11 no período chegou a R$ 20,909 milhões, composta por R$ 21,303 milhões em receitas recorrentes e reduzida pelas despesas que somaram R$ 1,576 milhão.
O resultado por cota ficou em R$ 0,094, dos quais R$ 0,092 foram efetivamente repassados aos cotistas na forma de dividendos do BTHF11. Esse valor corresponde a um dividend yield anualizado de 13,35%, considerando a cotação de mercado de R$ 8,27 no fechamento do mês.
No acumulado de 2025, o retorno total (YTD) é de 14,3%, superando os 10,3% observados no IFIX no mesmo período de comparação.
O relatório de julho também trouxe a atualização sobre a incorporação do BCFF11, processo iniciado no ano passado e que já trouxe efeitos visíveis para a estratégia do fundo.
Entre os resultados da operação, vale mencionar a venda de mais de R$ 300 milhões em posições de FIIs, o fortalecimento do perfil de crédito da carteira e, sobretudo, o aumento dos rendimentos do BTHF11 pagos aos investidores.
Um dos reflexos mais evidentes dessa integração foi o salto no dividend yield patrimonial. Antes da incorporação, o BCFF11 distribuía R$ 0,07 por cota, o que, sobre uma cota patrimonial de R$ 9,33, representava 9% ao ano.
Depois da fusão, o BTHF11 passou a entregar R$ 0,092 por cota, considerando uma cota patrimonial de R$ 10,09, equivalente a 10,9% ao ano. O ganho corresponde a uma elevação de 21,5% no retorno patrimonial para os cotistas.
BTHF11 anuncia vendas de FIIs por R$ 70 milhões
A estratégia ativa do fundo imobiliário BTHF11 também seguiu neste mês. Foram realizadas vendas de FIIs que totalizaram aproximadamente R$ 70 milhões, concentradas em papéis de menor liquidez.
Desde a conclusão do processo de incorporação, já foram executados R$ 417 milhões em vendas por parte do fundo.
Parte desse montante foi redirecionada pelo FII BTHF11 para operações de crédito, entre elas a integralização de R$ 40 milhões em um CRI Logístico e a aquisição do CRI Souza Cruz, no valor de R$ 14 milhões, remunerado a IPCA + 9,73% ao ano, com uma alavancagem conservadora de 22% de LTV.
De acordo com a gestão, a prioridade permanece voltada ao crédito estruturado de qualidade, privilegiando operações com spreads atrativos e elevado grau de proteção. Ao mesmo tempo, a carteira de FIIs listados segue sendo trabalhada de forma dinâmica, com vendas oportunistas e reciclagem de posições que não se encaixam mais no perfil de risco-retorno desejado.
O fundo BTHF11 ainda mantém um caixa mais robusto, o que permite tanto se beneficiar do carrego do CDI quanto preservar flexibilidade para novas oportunidades de investimento.