BTAL11: fundo imobiliário mais que dobra resultado e paga dividendos de 14,7% ao ano
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O fundo imobiliário BTAL11 fechou agosto de 2025 com uma receita bruta de R$ 9,5 milhões, o que corresponde a R$ 1,59 por cota, enquanto o resultado líquido, já descontadas as despesas, alcançou R$ 9,1 milhões (R$ 1,51 por cota), mais que o dobro do mês anterior, que tinha sido de R$ 4,412 milhões.

Esse desempenho do BTAL11 contou com reforço da SPE Serpasa, que adicionou R$ 2,7 milhões ao resultado via dividendos.
Aos investidores, o FII BTAL11 distribuiu R$ 0,95 por cota, o que equivale a um dividend yield anualizado de 14,71% considerando a cotação de mercado do fim do mês, ou 10,08% sobre o valor patrimonial. Os proventos serão pagos em 24 de setembro de 2025.
Novas atualizações da carteira do fundo imobiliário BTAL11
Durante o mês, a carteira permaneceu totalmente adimplente e o caixa superou R$ 141 milhões. O fundo está conduzindo a venda da SPE Santo Antônio, operação que, ao ser concluída, reforçará a posição de liquidez e abrirá espaço para novas aquisições em linha com a estratégia definida pela gestão.
Nesse mesmo período, em comum acordo com a Andali, houve o resgate antecipado da 233ª série da 1ª emissão da HABITASEC Securitizadora, movimento que visa readequar a precificação do portfólio diante de juros elevados e priorizar ativos com maior capacidade de geração de resultados.
A gestão do fundo imobiliário BTAL11 também trouxe atualizações sobre o ambiente macroeconômico de agosto, que trouxe um IPCA negativo em 0,11%, contra alta de 0,26% em julho. No acumulado em 12 meses, a inflação atingiu 5,13%, permanecendo acima do teto da meta. ]
A queda foi influenciada, sobretudo, pelos grupos Habitação (-0,90%), em razão da redução nas tarifas de energia elétrica, e Alimentação e Bebidas (-0,46%). Em contrapartida, Vestuário acelerou e registrou alta de 0,72%, enquanto Educação avançou 0,48%.
Saiba mais sobre o FII
O BTAL11 busca, no longo prazo, valorizar suas cotas e gerar retorno por meio da construção e aquisição de imóveis logísticos voltados ao agronegócio. A proposta é atuar nas regiões que apresentam maior déficit de armazenagem e escoamento, próximas das principais rotas rodoviárias, ferroviárias e hidroviárias do país.
Entre os tipos de ativos da carteira do fundo BTAL11, destacam-se os terminais de transbordo intermodal (22% da receita contratada), os centros de recebimento de grãos (17%), armazéns graneleiros (15%), certificados de recebíveis imobiliários (16%), além de armazéns refrigerados (11%), terminais portuários (10%) e complexos industriais de sementes (9%).
O perfil dos locatários mostra forte presença de operadores logísticos, responsáveis por 38% da receita, seguidos pelas revendas de insumos (26%), empresas de açúcar e álcool (21%) e indústrias de etanol de milho (15%).
Todos os contratos do fundo imobiliário BTAL11 são atípicos, oferecendo maior estabilidade de fluxo, e têm como indexador o IPCA em 100% dos casos.