Fundador do China Renaissance desaparece; ações do banco derretem 28% em Hong Kong

Bao Fan, fundador do banco China Renaissance, um dos principais do setor de investimentos do país, está desaparecido.

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O executivo era um dos principais banqueiros da China e tinha uma boa relação com o mercado de tecnologia.

Com isso, as ações do banco despencam mais de 28% em Hong Kong.

Em comunicado à Bolsa de Hong Kong, a China Renaissance Holdings disse que não consegue localizar Bao, que intermediou grandes transações, incluindo a oferta inicial publica de US$ 2 bilhões da empresa de comércio eletrônico JD.com e a listagem da plataforma de vídeos curtos Kuaishou em Hong Kong.

A empresa disse desconhecer “qualquer informação que indique que a indisponibilidade de Bao Fan” esteja relacionada aos negócios do grupo.

O desaparecimento de Bao ocorre após grandes empresas de tecnologia virarem alvo de amplas investigações nos últimos dois anos, num processo que, segundo Pequim, já teria sido concluído.

No pregão desta sexta em Hong Kong, a ação do China Renaissance chegou a despencar até 50%, antes de fechar em queda de 28%.

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Ministério das Relações Exteriores da China nega saber sobre o caso

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin disse não estar a par da situação ao ser questionado a respeito, durante coletiva de imprensa.

“Eu gostaria de enfatizar que a China é um país sob o estado de direito, e o governo chinês protege os direitos e interesses dos cidadãos chineses de acordo com a lei”, disse Wang.

Em setembro do ano passado, o ex-presidente do China Renaissance Cong Lin foi detido por autoridades chinesas, de acordo com a agência Caixin, a primeira a divulgar a notícia.

Investigações anticorrupção com foco no setor financeiro chinês já enquadraram dezenas de funcionários e executivos financeiros de instituições como Everbright Securities, China Construction Bank e ICBC.

No passado, Bao Fan trabalhou no Credit Suisse e no Morgan Stanley. Ele fundou o China Renaissance em 2005 e abriu seu capital em 2018, quando levantou US$ 346 milhões.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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