Fiagros se recuperam de “tombo” e retorno já supera 17% em 2025

Depois de um 2024 desafiador, os fundos de agronegócio, conhecidos como Fiagros, estão mostrando sinais de recuperação em 2025, com um retorno já superando 17%. 

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Isabela Donadelli, analista de research do Trix, destaca que, após um ano tumultuado marcado por crises de crédito e quebras de safra, o cenário atual se mostra mais otimista para este setor.

Analisando a performance recente, os números estão melhores quando o assunto é valorização da cota dos friagos. O índice Trix Agro teve um retorno de 17,85% neste ano, superando outros índices importantes do mercado, como o IFIX (10,36%) e o IDIV (12,79%). 

O iTrix Agro é um índice criado pelo time de research do Trix para monitorar o desempenho dos Fiagros. Este índice tem uma metodologia semelhante a do IFIX e IBOV, com rebalanceamento quadrimestral. 

Entre os fundos que mais recuperaram preço neste ano, estão o AAZQ11, gerido pela AZ Quest, com alta de 11,87% e RURA11, do Itaú, com valorização de 15%. 

A resiliência do setor se torna evidente com a estabilização dos preços nos últimos meses e as perspectivas de safras mais promissoras à frente. 

A expectativa é de que o agronegócio retorne a um caminho de crescimento, proporcionando um ambiente mais favorável para os Fiagros. Como comenta Isabela Donadelli, “o agro ensaia uma recuperação”, e isso deve atrair novamente o interesse dos investidores.

O que aconteceu com os Fiagros no ano passado?

A descida acentuada dos Fiagros em 2024 se deveu a um conjunto de fatores adversos. Ao longo do ano, a indústria enfrentou meses de incertezas, com importantes eventos de crédito e a recuperação judicial da Agrogalaxy ganhando destaque. 

As quebras de safra, impulsionadas por condições climáticas desfavoráveis, pesaram retração do setor, onde 33% das recuperações judiciais em outubro de 2024 pertenciam ao agronegócio, um aumento expressivo em relação aos 17% de 2023.

Tudo isso gerou uma forte pressão vendedora nos fundos do tipo fiagro. Mesmo com o CDI em alta, com a taxa Selic em dois dígitos, os fundos estavam sofrendo na bolsa de valores. 

Com a maioria dos ativos de crédito indexados ao CDI, os fiagros se beneficiam com a Selic elevada, atualmente a 14,75%. Neste mês, fundos como OIAG11 e VCRA11 pagaram rendimentos, respectivamente, de 1,40% e 1,44%.

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Gustavo Bianch

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