FMI piora previsão para o PIB do Brasil em 2021 e 2022

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou as projeções de crescimento do Brasil em 2021 e 2022. Na análise do Fundo, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) será menor neste e no próximo ano. A última avaliação sobre o PIB havia sido publicada em julho último. A nova previsão para o PIB, divulgada nesta terça (12), traça um cenário pior para a economia.

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O FMI reduziu um pouco a projeção do crescimento do Brasil para 2021, da estimativa de 5,3% divulgada em julho para 5,2% agora, de acordo com o relatório Perspectiva Econômica Mundial.

Para 2022, a revisão para baixo foi maior, pois passou da estimativa de crescimento do País de 1,9% para 1,5%. Para 2026, o FMI prevê uma alta de 2,1% do Produto Interno Bruto.

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Projeção para inflação

O Fundo não divulgou, há dois meses, projeções para inflação, resultado de transações correntes e taxa de desemprego e as últimas previsões para estes indicadores foram comunicadas em abril.

Neste contexto, o fundo estima que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)  subirá 7,7% neste ano, acima dos 4,6% informados anteriormente, enquanto que para 2022 0 índice de preços ao consumidor avançará 5,3%, superior aos 4% estimados há seis meses.

Apenas como comparação, o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (11) mostrou números mais altos para o IPCA: deverá fechar o ano com alta acumulada de 8,59%. A previsão dos economistas desta semana é 0,08 ponto percentual (p.p.) maior do que a da última semana.

Foi a 27ª elevação consecutiva do Boletim Focus para a estimativa de inflação no País. Há cerca de um mês, a projeção de alta era de 8%. Vale ressaltar que a meta de inflação para 2021 é de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 p.p.

Segundo o FMI, a projeção para o déficit de transações correntes como proporção do PIB caiu um pouco para 2021, de 0,6% para 0,5%, enquanto aumentou para o próximo ano, de 0,8% para 1,7%. No caso da taxa de desemprego, ocorreram reduções das estimativas de 14,5% para 13,8% em 2021 e de 13,2% para 13,1% no próximo ano.

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FMI: contas públicas

O FMI fez poucos comentários sobre a evolução da economia do Brasil. O documento destacou que suas projeções para as contas públicas refletem anúncios de políticas pelo governo realizados em 31 de maio deste ano e consideram “conformidade total com o teto constitucional de gastos”.

O FMI apontou que premissas para a política monetária no País “são consistentes com a convergência da inflação em direção ao centro da meta no final de 2022”. O Fundo citou que as ações do Banco Central “mudaram para uma postura menos acomodatícia desde o final de 2021”, o que também ocorreu no Chile, México e Rússia.

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(Com informações do Estadão Conteúdo)

Redação Suno Notícias

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