Guerra e sanções: FMI alerta para impacto grave à economia mundial, com aumento na inflação

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou que o conflito militar no Leste europeu vai trazer sérios impactos para a economia mundial e também em nível regional, especialmente para os países que têm conexão mais próxima com a Ucrânia e Rússia. “Em muitos países, a crise está criando um choque adverso para a inflação e atividade, em meio as já elevadas altas de preços”, destacou Kristalina, em comunicado que relatou os temas avaliados ontem em reunião do Conselho Executivo do Fundo para analisar a situação na Ucrânia.

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Ela ressaltou que os choques de preços terão impacto em todo o mundo, especialmente as famílias pobres para as quais alimentos e combustíveis representam uma proporção maior das despesas. “Se o conflito aumentar, os danos econômicos serão ainda mais devastadores.

As sanções à Rússia também terão um impacto substancial nos mercados financeiros, com repercussões significativas para outros países. De acordo com a diretora-gerente do FMI, a Ucrânia solicitou uma linha emergencial de crédito rápido de US$ 1,4 bilhão ao Fundo, que segundo ela poderá ser analisada pelo Conselho da instituição no começo da próxima semana.

Nesta conjuntura internacional, Kristalina defendeu que os bancos centrais em diversos países fiquem particularmente atentos ao repasse de preços em alta à inflação interna. “As autoridades monetárias precisarão monitorar cuidadosamente o repasse do aumento dos preços internacionais para a inflação doméstica, a fim de calibrar as respostas apropriadas “, destacou.

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“A política fiscal precisará apoiar as famílias mais vulneráveis para ajudar a compensar o incremento do custo de vida.” Para a diretora-gerente do FMI, os países mais ligados à Ucrânia e Rússia têm risco de escassez de produtos e de registrar o aumento do fluxo de exilados.

Segundo ela, a Moldávia pediu a elevação da ajuda do Fundo a fim de combater a crise gerada pelo conflito no país vizinho.

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FMI alerta para aumento na inflação causado pela Guerra na Ucrânia

O Fundo Monetário Internacional (FMI) destacou neste sábado, 5, que além das perdas humanas causadas pelo conflito no Leste Europeu, que a alta dos preços de matérias-primas estão entre os principais efeitos negativos da guerra na Ucrânia, o que tem causado uma pressão inflacionária adicional em diversos países.

“Os choques de preços terão impacto em todo o mundo, especialmente nas famílias pobres para as quais alimentos e combustíveis representam uma proporção maior das despesas”, afirma o FMI em comunicado. “Se o conflito aumentar, os danos econômicos seriam ainda mais devastadores.”

A avaliação foi divulgada neste sábado após reunião do Conselho Executivo do órgão, para discutir sobre os impactos econômicos causados pela Guerra na Ucrânia. O encontro foi presidido pela diretora-gerente da entidade, Kristalina Georgieva.

No encontro, os representantes do fundo monetário também debateram as questões envolvendo as sanções impostas ao sistema bancário da Rússia, que foi excluído do sistema de pagamentos global, o Swift, após iniciar os ataques ao país vizinho.

“Embora seja muito cedo para prever o impacto total dessas sanções, já vimos uma queda acentuada nos preços dos ativos, bem como na taxa de câmbio do rublo”, diz o órgão. Além das medidas impostas ao governo Putin, o FMI ressaltou que os países que mantiverem “laços econômicos muito próximos” com Ucrânia e Rússia correm o risco de enfrentar problemas de interrupção no fornecimento de matérias primas.

No comunicado divulgado à imprensa, o FMI informou que seu corpo técnico continuará monitorando os efeitos colaterais da guerra ao redor do globo, e principalmente nos países apoiados diretamente pela entidade monetária e aqueles com vulnerabilidades ou exposições elevadas à crise.

“O FMI aconselhará nossos países membros sobre como calibrar suas políticas macroeconômicas para gerenciar a variedade de repercussões, inclusive por meio de interrupções no comércio, preços de alimentos e outras commodities e mercados financeiros.”

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Com informações do Estadão Conteúdo

Redação Suno Notícias

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