Fed no radar e quedas no setor de IA impactam mercados globais: o que você precisa saber hoje
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O impacto do Fed continua a ser o centro das atenções no mercado global, com os investidores deixando de lado o otimismo por um possível acordo entre Ucrânia e Rússia. O foco voltou para questões como a inflação na região e o recuo nas ações do setor de tecnologia. A percepção de que ações ligadas à inteligência artificial (IA) estão supervalorizadas causou quedas significativas nas ações desses papéis, especialmente em Wall Street, o que repercutiu nos mercados europeus.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,23%, a 559,09 pontos. Em Londres, o FTSE 100 subiu 1,08%, a 9.288,14 pontos. Já em Frankfurt, o DAX caiu 0,60%, a 24.277,10 pontos, enquanto o CAC 40 em Paris recuou 0,08%, a 7.973,03 pontos. As cotações são preliminares.
Queda no setor de IA e a postura do Fed no centro das atenções
Apesar dos investimentos bilionários em IA generativa, que chegam a entre US$ 30 bilhões e US$ 40 bilhões, um relatório recente do MIT revelou que 95% das empresas não estão obtendo retorno financeiro significativo. Apenas 5% dos projetos estão trazendo lucros, enquanto a maioria não contribui para o impacto esperado. Isso levou a um recuo nas ações de empresas como a SAP, que caiu 1,48% em Frankfurt, e a Infineon Technologies, que viu uma queda de 1,62%.
Além disso, a taxa de inflação anual no Reino Unido acelerou para 3,8% em julho, frente a 3,6% no mês anterior. Esse dado indica uma persistência inflacionária, reduzindo as expectativas de corte de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE) no curto prazo. Na zona do euro, o CPI anual ficou em 2%, mantendo-se estável e alinhado com a meta de inflação do Banco Central Europeu (BCE).
Por outro lado, investidores também aguardam a divulgação da ata da última reunião do Fed, que pode influenciar as expectativas sobre a política monetária nos próximos meses. Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou alvoroço ao discutir a possibilidade de demitir a diretora do Fed, Lisa Cook, devido ao seu voto contrário a cortes de juros.
Com Estadão Conteúdo