Reformas podem elevar o PIB em até 2,6% em 2019, diz Fazenda

O Ministério da Fazenda traçou dois panoramas para a economia brasileira dos próximos quatro anos. Um no caso em que as reformas macroeconômicas sejam aprovadas, e o outro sem a aprovação das reformas.

As projeções do Ministério da Fazenda estão em um documento de 97 páginas, intitulado “Panorama Fiscal Brasileiro”. Ele foi entregue nesta terça-feira (11) a Paulo Guedes, o futuro ministro da Economia do presidente eleito Jair Bolsonaro.

Um dos panoramas projetados pelo Ministério da Fazenda considera a aprovação de reformas fiscais e microeconômicas pelo governo – o melhor cenário. O pior cenário, por sua vez, não conta com as medidas para aumento de receita e redução de despesas.

Comparação dos cenários projetados

Pior cenário

  • Crescimento do PIB em 2019: 0,7%
  • Crescimento do PIB em 2020: 0,5%
  • Crescimento do PIB em 2021: 0,6%
  • Crescimento do PIB em 2022: 0,4%
  • Inflação (IPCA) em 2019: 7,5%
  • Inflação (IPCA) em 2022: 6,3%
  • Taxa básica de juros (Selic) em 2022: 13,4%
  • Taxa de câmbio em 2022: R$ 5,24
  • Dívida Bruta do Governo Geral em 2022, em relação ao PIB: 106,2%
  • Dívida Líquida do Setor Público em 2022, em relação ao PIB: 54,7%
  • Regras de ouro em 2022: R$ 495,3 bilhões

Melhor cenário

  • Crescimento do PIB em 2019: 2,6%
  • Crescimento do PIB em 2020: 2,9%
  • Crescimento do PIB em 2021: 3,4%
  • Crescimento do PIB em 2022: 3,5%
  • Inflação (IPCA) em 2019: 4,2%
  • Inflação (IPCA) em 2022: 3,7%
  • Taxa básica de juros (Selic) em 2022: 7%
  • Taxa de câmbio em 2022: R$ 3,28
  • Dívida Bruta do Governo Geral em 2022, em relação ao PIB: 75,5%
  • Dívida Líquida do Setor Público em 2022, em relação ao PIB: 60,8%
  • Regras de ouro em 2022: R$ 114 bilhões

Saiba mais: Henrique Meirelles será o secretário da Fazenda no governo João Doria

“Nesse contexto, medidas de cunho orçamentário – como a liberação de fontes existentes que estão indisponíveis no caixa, principalmente devido a vinculações – poderiam contribuir para o cumprimento da regra de ouro, tendo em vista que possibilitariam a realização de despesas que, de outra forma, teriam que ser financiadas por meio da emissão de dívida”, informou no documento o Ministério da Fazenda.

Guilherme Caetano

Compartilhe sua opinião