CFO da Enauta (ENAT3) explica como empresa zerou acidentes com petróleo no Campo de Atlanta

Como evitar acidentes ambientais envolvendo petróleo? Empresas do ramo petrolífero investem pesado e elaboram estratégias para evitar a poluição causada pelo óleo – caso da Enauta (ENAT3), que atua na área de petróleo e gás. A companhia assegura que se empenha em realizar monitoramento constante das atividades realizadas pelas suas contratadas e pela implementação dos projetos ambientais, para prevenir impactos ambientais catastróficos como derramamento de petróleo no mar. A Enauta afirma ter atingido derramamento zero de óleo nas operações do Campo de Atlanta, na Bacia de Santos.

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O vazamento de óleo pode causar intoxicação ou asfixia nos animais marinhos, além de asfixia, e bloquear a entrada de luz, impedindo que plantas façam fotossíntese. Os efeitos ultrapassam o mar, e acabam afetando também as aves marinhas, que se alimentam desses peixes. A Enauta afirma ter como compromisso “trabalhar de forma responsável e segura, buscando evitar esses acidentes”.

Em entrevista ao SUNO Notícias, a CFO da Enauta, Paula Costa Côrte-Real, explica que “já foram realizadas mais de 130 operações de transferência de óleo cru do FPSO [unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência] para navios aliviadores sem qualquer incidente ambiental. Seguimos os procedimentos estabelecidos e implementamos as recomendações dos estudos de risco.”

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Além disso, a companhia tem pontuação B no ranking CDP. organização internacional, sem fins lucrativos, que ajuda empresas e governos a prevenir acidentes ambientais e amenizar as mudanças climáticas.

A CFO pontua que entre as estratégias da companhia para mitigar as mudanças climáticas estão o aprimoramento da eficiência operacional no Campo de Atlanta e a otimização da logística, que levou a resultados como a redução de 26% das emissões CO2 e no segundo trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período em 2020.

Outra redução significativa destacada por Paula foi na intensidade de emissões diretas também no Campo de Atlanta, que caíram 7% no ano passado, em relação a 2019. “Em 2020, ano em que recebemos a nota B do CDP, essa intensidade foi de 15,2 kg CO2e/boe, montante 25% menor que a média das empresas da Oil and Gas Climate Initiative (OGCI).”

“Com uma lâmina d’água de 1.550 metros de profundidade (águas ultraprofundas), a conjunção de diferentes tecnologias em um arranjo inovador foi exigida para possibilitar a elevação do óleo pesado, com baixo teor de enxofre, até o FPSO (plataforma)”, disse a petroleira em nota.

De acordo com a empresa, o óleo atende às recomendações da IMO 2020 — regulamentação internacional que determina a redução de emissões de dióxido de enxofre — e possui excelente aceitação no mercado internacional.

A Enauta também trabalha para evitar o uso de diesel em suas operações, consumindo gás produzido como fonte de energia primária da plataforma. A executiva reforça que “importantes otimizações em logística também têm feito a diferença, com redução da frota de apoio e maior eficiência na utilização de helicópteros, o que trará maior impacto positivo na redução de nossas emissões associadas.”

Enauta: preservação ambiental

Paula diz que a Enauta tem atuado “de forma consistente” em pesquisa e desenvolvimento para “gerar conhecimento, segurança e preservação ambiental”. No ano passado, a petrolífera foi a primeira empresa brasileira a assinar o Sustainable Ocean Principles, promovido pelas Nações Unidas, em prol da gestão sustentável dos oceanos.

A Enauta desenvolveu um projeto em parceria com a UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), para estudar a contribuição das florestas de mangue do estado do Rio ao processo de mitigação do aquecimento global por meio do armazenamento de carbono. Neste ano, o projeto foi escolhido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) para representar iniciativas da indústria do Brasil na Conferência do Clima da ONU (COP26 – Glasgow) no próximo mês de novembro.

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Ainda em relação ao compromisso com o meio ambiente, a companhia afirma que “há dez anos publicamos nosso Relatório Anual de Sustentabilidade nos moldes do Global Reporting Initiative (GRI), uma das mais importantes iniciativas mundiais para divulgação e transparência dos impactos ambientais do negócio. Também participamos do Programa Brasileiro GHG Protocol, que torna público, monitora e certifica nosso inventário de emissões, no qual possuímos o Selo Ouro – pelo alcance do mais alto nível de qualificação.”

A Enauta também conta com outros projetos sobre a preservação do meio ambiente, como o Projeto de Monitoramento Ambiental (PMA); o Projeto de Controle da Poluição (PCP)e o Projeto de Prevenção e Controle de Espécies Exóticas (PPCEX), que são obrigatórios para o licenciamento ambiental para as atividades de produção de petróleo.

A CFO explica que esses projetos visam atenuar os impactos das operações da companhia e atender o processo de licenciamento ambiental.

A companhia também possui o Projeto de Comunicação Social, que estabelece e mantém o diálogo com comunidades e associações de pesca da área de influência de campos sob a nossa operação.

A Enauta possui ainda dois projetos de relacionamento comunitário em andamento, um junto à entidade quilombola Associação Rural das Mulheres Artesãs e Agricultores Quilombolas de Barrinha (ARMAAQBAR), no município de São Francisco de Itabapoana, e outro com a Cooperativa Arte Peixe, em São João da Barra. Os projetos visam apoiar o desenvolvimento institucional destas organizações, que ficam na área de influência das atividades no Campo de Atlanta.

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Laura Moutinho

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