Eletrobras (ELET3) pagará R$ 390 milhões por interrupção no fornecimento de energia

A Eletrobras (ELET3) anunciou hoje, em comunicado ao mercado, que o Conselho de Administração da sua subsidiária Eletronorte aprovou um acordo judicial, que prevê o pagamento de R$ 390 milhões, para por fim a uma ação de ressarcimento.

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Em 2005, a IRB Resseguradora (IRBR3) junto com a SulAmérica (SULA4) e outras seguradoras pagaram uma indenização à Alumínio Brasileiro, a Albrás, por conta de um episódio de interrupção no fornecimento de energia elétrica à empresa. A subsidiária da Eletrobras, responsável pela distribuição de energia à Albras, terá agora de pagar as seguradoras.

Essa é a segunda quantia considerável que a Eletrobras tem de desembolsar, em um período curto de tempo, por conta de disputas judiciais.

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Em dezembro, a Eletrobras se comprometeu a pagar R$ 496 milhões à Light (LIGT3), distribuidora fluminense de energia elétrica, para finalizar uma disputa sobre pagamentos indevidos que se esticava desde 1986.

Nesse caso, a Eletrobras afirmou que as perdas seriam reconhecidas já no balanço do quarto trimestre de 2020 e que não haviam provisões para a quantia. No novo acordo com a IRB e as demais seguradoras, a Eletronorte afirma que uma quantia de R$ 372 milhões já estava provisionada para o assunto.

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O IRB Brasil também informou, nesta manhã, que foi comunicada que o Conselho de Administração da Eletronorte sobre o acordo. Segundo o IRB, haverá o pagamento de cerca de R$ 358 milhões à vista, de um total de R$ 390 milhões, após homologação judicial.

Mais uma notícia negativa para a Eletrobras

Ontem, as ações da Eletrobras tiveram forte queda na B3 (B3SA3) após falas do candidato à presidência do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Em entrevista, ele afirmou, quando indagado sobre a privatização da estatal, que “não se pode entregar o patrimônio nacional a qualquer preço”. Pacheco afirmou ainda que “não é raciocínio fácil dizer que a Eletrobras precisa ser vendida”.

A Eletrobras está na lista de privatizações previstas para acontecerem ainda neste ano divulgada pelo Ministério da Economia, de Paulo Guedes.

O mercado, entretanto, vem reagindo mal aos sucessivos desencontros políticos sobre o assunto. No primeiro momento, o esperado era que a privatização da Eletrobras fosse iniciada já no primeiro semestre. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, entretanto, disse no inicio do mês que não haveria prejuízo se a análise do projeto ficasse para o fim do ano.

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Vitor Azevedo

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