Eletrobras (ELET3) pode ter greve de trabalhadores a partir de 3 de junho

Sindicatos dos empregados da Eletrobras (ELET3) (Senge/RJ; Sintergia/RJ; Sinaerj e Sindecon/RJ) marcaram para a próxima segunda-feira, 27, uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) online conjunta para deliberar sobre a realização de uma greve a partir de 3 de junho por tempo indeterminado.

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A convocação da greve é uma resposta à proposta final da Eletrobras (ELET3) sobre o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) divulgada na última sexta-feira (24).

Em nota assinada pelo presidente do Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro (Senge/RJ), Olímpio Alves dos Santos, a categoria deverá entrar em estado de greve. Isso, portanto, culminará em uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 3 de junho.

Congelamento de benefícios

A Eletrobras recuou no corte de salários para empregados que ganham abaixo de R$ 16 mil, mas manteve os cortes individuais para quem ganha acima desse valor e não avançou no reajuste salarial, acenando com salários congelados por dois anos. Os benefícios recebidos pelos empregados – como auxílio creche, auxílio educação, 13 créditos de auxílio alimentação, entre outros -, foram mantidos, mas também não terão reajuste por dois anos.

A empresa, privatizada em junho de 2022, informou que haverá garantia no emprego até 30 de abril de 2025 para os admitidos antes de 17 de junho de 2022. As indenizações não poderão ultrapassar o valor individual de R$ 400 mil, alertou a companhia em nota aos empregados na sexta-feira, 24.

“A gestão do quadro de pessoal passará a ser feita de acordo com as necessidades da Eletrobras, mantendo sempre as premissas de segurança das nossas pessoas e ativos”, informou o documento ao qual o Broadcast teve acesso.

Com Estadão Conteúdo

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Eletrobras (ELET3): BTG vê bons resultados no 1T24 e recomenda compra

A Eletrobras (ELET3) encerrou o primeiro trimestre de 2024 (1T24) com lucro líquido de R$ 331 milhões. Para o BTG, a companhia entregou resultados decentes, menos impactados por eventos pontuais em comparação com o 4º trimestre de 2023 (4T23).

O Ebitda regulatório (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$5,09 bilhões, que ajustado para reversão de provisões (+R$143 milhões) e outras despesas/receitas não recorrentes teria totalizado R$4,98 bilhões, 6% abaixo das expectativas do BTG (R$5,28 bilhões) e 1% acima do ano anterior.

“A queda se explica principalmente pelos custos mais altos do que o esperado e pelo fato de que as receitas recorrentes do contrato de fornecimento de energia com a Amazonas Energia (R$432 milhões) foram provisionadas no 1º trimestre devido ao aumento da inadimplência”, explicam os analistas do banco.

Por outro lado, as despesas recorrentes com PMSO caíram 11% em relação ao ano anterior, confirmando o progresso no processo de reestruturação. As despesas financeiras líquidas ficaram em R$2,92 bilhões (contra -R$2,63 bilhões do BTG), impactadas por encargos pós-capitalização e variação monetária sobre contribuições para CDE e fundos regionais (-R$1,27 bilhão).

Além disso, a Eletrobras (ELET3) encerrou o 4º trimestre com uma alavancagem (IFRS) de 2,4x dívida líquida/EBITDA ajustado (contra 2,2x no 4º trimestre de 2023).

As provisões para empréstimos compulsórios foram reduzidas em R$1,14 bilhão para R$16 bilhões (contra R$17,2 bilhões no 4º trimestre) devido a pagamentos e descontos de R$441 milhões, informa o BTG.

Neste contexto, o banco tem recomendação de compra, com preço-alvo de R$54,00 para as ações da Eletrobras.

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Redação Suno Notícias

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