Eletrobras (ELET3) demitirá mais 1,5 mil funcionários em novo Plano de Demissão Voluntária

A Eletrobras (ELET3) iniciará, nesta terça-feira (20), um Plano de Demissão Voluntária (PDV). Trata-se do segundo programa de demissões desde que a companhia foi privatizada, em meados de junho de 2022.

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A decisão foi comunicada pela Eletrobras nesta segunda (19). A gestão prevê uma saída de 1.574 funcionários, integrando o Acordo Coletivo do Trabalho.

Desses 1,5 mil, haverão funcionários de diversos cargos e áreas. Além disso, segundo a gestão da elétrica, o PDV da Eletrobras pode movimentar até R$ 750 milhões.

“Neste contexto de heterogeneidade do público elegível, as estimativas para o custeio global variam entre R$ 450 milhões e R$ 750 milhões, com um payback similar aos planos anteriormente praticados”, consta no comunicado.

Conforme o cronograma estipulado, os funcionários terão até 21 de julho para se inscreverem no programa, e as demissões ocorrerão ao critério da empresa.

“O lançamento do PDV está associado a medidas de otimização de custos e despesas operacionais, ao Plano Estratégico 2023-27, além de viabilizar maior aderência a nova estrutura organizacional da companhia que está em fase final de modelagem e implantação”, diz a Eletrobras.

O que dizem os analistas

Em análise sobre a novidade, os especialistas do BTG Pactual destacaram que o primeiro plano lançado em novembro do ano passado abrangia quase 2,5 mil funcionários, sendo maior do que esse, além de ter o objetivo de contemplar os funcionários que já atingiram idade de aposentadoria.

“Os 2,5 mil funcionários geraram custos de desligamento de cerca R$ 1,2 bilhão e a operação resultou em uma economia mensal de R$ 95 milhões. Novo programa visa reduzir em 20% o quadro de funcionários da empresa, um limite temporário imposto durante o processo de privatização que terminou em maio”, observa a casa.

“Essa operação deve gerar menor custos de desligamentos, uma vez que os salários dos trabalhadores em idade de aposentadoria tendem a ser mais elevados. O programa deverá ter um custo entre R$ 450-R$ 750 milhões e com um retorno (payback) igual ou um pouco mais rápido do que o primeiro programa, de 11 a 12 meses”, completa.

Eletrobras passará a deter 100% de hidrelétrica em MG após acordo

Em comunicado ao mercado ainda no início de junho, a companhia informou que passará a deter, via subsidiária Furnas, 100% das operações da usina hidrelétrica Baguari, localizada em Governador Valadares (MG). O acordo ocorre após operações realizadas com a Neoenergia (NEOE3) e a Cemig GT.

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A Baguari Energia, controladora da usina, exerceu direito de preferência para aquisição de participação de 51% na Baguari I Geração de Energia Elétrica S.A, detida pela Neoenergia, pelo valor de R$ 454 milhões.

A Baguari Energia é controlada pela Cemig GT, com 69,39% do capital social, e a Eletrobras, por meio de sua subsidiária Furnas, detém 30,61% do capital remanescente.

O montante citado será entregue à Eletronorte, conforme operação de permuta de ações que a Eletrobras fez com a Neoenergia, divulgada em 16 de dezembro do ano passado.

Já em 14 de abril deste ano, a Eletrobras realizou uma operação para comprar a participação de 70% da Cemig GT na Baguari Energia por meio da Eletrobras Furnas. O valor, segundo a própria elétrica, será revertido à companhia mineira pela participação.

“Tais aquisições estão alinhadas com o objetivo estratégico da companhia, simplificando sua estrutura, crescendo com rentabilidade e reforçando sua liderança em renováveis”, afirmou a Eletrobras.

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Eduardo Vargas

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