Eletrobras (ELET3) derrete 4,6% em dia de forte baixa das elétricas. O que aconteceu?

A Eletrobras (ELET3) ficou entre as maiores quedas do Ibovespa desta quinta-feira (11), caindo 4,6%, a R$ 38,84. Junto com a companhia, as pares do setor também predominam no vermelho.

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Os papéis preferenciais ELET6 também sucumbiram, recuando 4,40%, a R$ 43,64.

Arlindo Souza, analista da Levante Corp, aponta que o preço das ações da Eletrobras variou pelas previsões de reajuste no custo da energia no longo prazo.

“A Eletrobras (ELET3) foi puxada pela queda nos preços de energia de longo prazo, os quais recuaram -6,6% e -10,4% na semana e no mês, respectivamente, conforme dados da consultoria DCIDE”, conta o analista.

No ano, os custos acumulam uma alta de 38,84%, segundo a consultoria.

As transmissoras de energia costumam ter contratos de longo prazo reajustados pela inflação, conforme explica Tales Barros, especialista em Renda Variável da Status Invest Assessoria,

“Hoje foram divulgados dados referentes à inflação, que vieram abaixo do consenso. Pela ótica das companhias, isso pode implicar em uma performance abaixo do esperado, haja vista que a demanda tende a ser mais linear e até certo ponto previsível”, comenta o especialista.

As empresas pares do setor de energia também refletiram a apreciação na curva de juros (DI) nos últimos dias, que acaba por puxar para baixo o setor.

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Elétricas no vermelho: Eletrobras (ELET3), CPFL (CPFE3) e mais Taesa (TAEE11) tem pequena alta.

Veja a seguir a cotação das ações das elétricas nesta quinta-feira (11), no fechamento do Ibovespa.

  • Eletrobras ON (ELET3): -4,62% (R$ 38,84);
  • Eletrobras PNB (ELET6): -4,40% (R$ 43,64);
  • CPFL (CPFE3): -1,34% (R$ 35,23);
  • Copel (CPLE6): -3,76% (R$ 9,22);
  • AES Brasil (AESB3): -1,34%, R$ 9,56;
  • Engie Brasil (EGIE3): -1,54% (R$ 40,86);
  • Equatorial (EQTL3): -0,56% (R$ 31,82);
  • Energisa (ENGI11): +0,30% (R$ 47,40);
  • Cemig (CMIG4): -0,23% (R$ 13,11);
  • Taesa (TAEE11) + 0,36% (R$ 36,53);
  • Isa Cteep (TRPL4): + 0,23% (R$ 26,55).

A Copel (CPLE6), junto com a Eletrobras (ELET3) se destacaram no vermelho.

No sentido contrário, apenas a Taesa (TAEE11) e Isa Cteep (TRPL4) nadam contra a maré de queda, segurando o preço na estabilidade ou com leves altas.

Os acionistas da TRPL4 inclusive foram beneficiados nesta quarta-feira (10) com os dividendos da companhia. O pagamento foi referente à segunda parcela dos R$ 1,45 bilhão em JCP aprovados pelo conselho da companhia no final do ano.

A primeira parte do JCP da TRPL4 foi depositada em janeiro. Com este segundo repasse de R$ 1,96 por ação, o montante soma R$ 2,20 por papel.

MP deve reduzir conta de luz, mas tarifa pode “subir no futuro”

A Medida Provisória que visa reduzir as tarifas de energia elétrica contou com apenas um dos três fundos regionais da Eletrobras (ELET3). Após a resolução, o Safra reforçou sua recomendação de compra para empresa.

O texto foi assinado nesta terça-feira (9), durante um evento no Palácio do Planalto, em Brasília.

Inicialmente, o documento encaminhado à Casa Civil previa a utilização de três fundos da Eletrobras, que atenderiam aos estados da região Norte, Nordeste e Sudeste.

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Camila Paim

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