Eike Batista é condenado por insider trading e manipulação de mercado

Eike Batista, empresário fundador do grupo EBX, foi condenado pela 3ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro a pagar uma pena de 11 anos e oito meses de prisão por crimes contra o mercado de capitais. As informações são da Agência Brasil.

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Segundo a reportagem, a juíza Rosália Monteiro Figueira ainda condenou o empresário a pagar uma multa de R$ 871 milhões por crimes de insider trading e de manipulação de mercado. Eike Batista foi denunciado em 2014 sob a acusação de ter lucrado com a venda de ações de sua empresa OGX, braço petroleiro do grupo EBX, hoje Dommo Energia (DMMO3), por meio de ocultação de informações negativas sobre a companhia.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o ex-bilionário teria vendido ações da OGX em um momento em que tinha em mãos informações que ainda não haviam sido divulgadas para o mercado.

Ainda de acordo com o MPF, Eike Batista também teria simulado uma injeção de até US$ 1 bilhão (isto é, o equivalente a R$ R$ 5,39 bilhões) na OGX com o objetivo de atrair mais investidores. A prática incorre em crime de manipulação de mercado.

A entrado do montante foi anunciada pela companhia, no entanto, segundo o Ministério Público, o executivo tinha ciência da inviabilidade financeira de ativos da petroleira, e não possuía real interesse em fazer o aporte.

A defesa de Eike Batista negou que o empresário tenha feito uso da informações privilegiadas, tampouco tenha tentando manipular o mercado.

Eike Batista tenta recompra Porto do Açu

Há pouco menos de duas semanas, o jornal O Globo noticiou que Eike Batista está buscando recomprar o Porto do Açu com a ajuda da companhia China Development Integration (CDIL). Segundo a publicação, o empresário teria ido em dezembro ao empreendimento, localizado no norte do Rio de Janeiro, com um investidor chinês para apresentá-lo ao local.

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O Porto Açu já pertenceu integralmente a MMX (MMXM3), subsidiária de mineração do grupo EBX. Atualmente, a empresa está em recuperação judicial e se mantém em operação via liminar, sendo que Eike Batista ainda possui cerca de 49,7% na companhia.

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Arthur Guimarães

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