EDP (ENBR3) tem lucro de meio bilhão e Ebitda sobe 32%

A EDP Brasil (ENBR3) registrou lucro líquido de R$ 522,8 milhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 5,4% em relação a igual intervalo do ano passado. Com ajustes, o lucro líquido da empresa somou R$ 320,7 milhões, alta de 20,4%, segundo resultado financeiro arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite desta quarta-feira (4).

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Entre janeiro e março, a receita operacional líquida da companhia foi de R$ 2,108 bilhões, crescimento de 11% em relação ao mesmo intervalo de 2021, conforme dados do resultado da EDP.

O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) ajustado cresceu 31,9% no trimestre, para R$ 1,064 bilhão. Sem os ajustes, a companhia registrou lucro de R$ 1,266 bilhão, alta de 20,8%.

A dívida líquida da EDP no 1T22 aumentou 27,6% no trimestre, em base anual de comparação, para R$ 10,052 milhões.

Segundo a empresa, o segmento de transmissão foi um dos destaques do período, especialmente pela conclusão do Lote 21 do leilão 005/2016, em Santa Catarina.

O projeto foi concluído com seis meses de antecipação proporcionando uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 208 milhões, resultando em receita antecipada de R$ 143,1 milhões, segundo o balanço da EDP.

Em janeiro, a companhia iniciou a operação comercial do primeiro trecho do Lote 18, do leilão nº 005/2016, entregue com sete meses de antecedência em relação ao prazo regulatório e garantindo uma RAP de R$ 111,8 milhões.

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A empresa também destacou que, em fevereiro, assumiu o controle da antiga Celg T, que passou a se chamar EDP Goiás. O novo negócio representa oportunidade de retorno aos investimentos com risco controlado.

A companhia realizará um aporte de R$ 200 milhões no Estado até 2023 e já anunciou a primeira obra, em março deste ano, com a ampliação e modernização da subestação Itapaci, que receberá um investimento da ordem de R$ 50 milhões.

Conforme mensagem da administração da empresa escrita pelo presidente, João Marques da Cruz, “2022 é um ano ambicioso para a EDP Brasil, de foco constante na implementação da nossa estratégia e resultados”.

“Nosso foco em redes se fez presente”, disse, citando a incorporação da EDP Goiás (ex CELG-T), a entrada em operação da EDP Transmissão Aliança e EDP Transmissão SP-MG. “o investimento em Distribuição foi de 2,8 vezes a depreciação total (2,8x Capex/QRR), o que demonstra o compromisso da companhia com um serviço de qualidade, além de nos anteciparmos ao processo de liberalização do mercado energético”, disse, no documento.

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Influência de tarifas no resultado da EDP

Segundo as informações do release de resultado da elétrica, a última linha do balanço veio ‘estável’ por conta dos reajustes tarifários das distribuidoras, ocorridos em 2021, com efeito médio percebido pelo consumidor de 12,39% na EDP SP e de 9,75% na EDP ES.

Além disso, a empresa relata os seguintes efeitos:

  • Do maior reconhecimento de VNR (mais R$ 46,4 milhões), resultante do aumento do IPCA de 11,3% no acumulado de 12 meses entre os períodos comparados
  • Do Mecanismo de Venda de Excedente (MVE), ocorrido em dezembro de 2021 para o ano de 2022, com preço de venda R$ 286 na EDP SP e R$ 281 na EDP ES
  • Do aumento de 1,3% no volume de energia distribuída, refletindo recuperação da atividade econômica no setor comercial e residencial, maior número de dias médios faturados e expansão do número de clientes

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A companhia, ao fim de março, tinha uma dívida bruta de R$ 12,8 bilhões, alta de 20,7%, desconsiderando as dívidas dos ativos não consolidados, que representaram R$ 1,3 bilhão.

Desempenho de ENBR3

Nos últimos 30 dias as ações da EDP, negociadas sob o ticker ENBR3, caem 10%. Os papéis da empresa sofreram influência da prévia operacional, divulgada na metade de abril.

Desde o início do ano, contudo, a EDP sobe 4,5%. Além disso, a empresa sobe 17% nos últimos 12 meses.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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