Economia começará a melhorar no 4 tri, diz presidente do Banco Central

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou neste sábado (18) que a retomada da economia brasileira vai começar  a partir do 4º trimestre deste ano.

Segundo o presidente do Banco Central, será possível avaliar a dimensão dos danos econômicos provocados pela crise do coronavírus (covid-19) somente no próximo trimestre. Campos Neto falou ao site Poder360.

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“Eu acho que o último trimestre vai mostrar melhoras. Obviamente de uma base muito baixa. Agora a dúvida é o 3º trimestre, o quanto vai ser impactado”, declarou o presidente da autoridade monetária central.

Banco Central vai divulgar previsão sobre economia

Segundo Campos Neto, o Banco Central apresentará sua previsão sobre a economia do Brasil em um documento oficial que será divulgado em breve. A análise dependerá dos efeitos do isolamento social decretado por muitos governos estaduais para tentar conter o novo vírus.

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“Eu acho que as pessoas que hoje fazem conta de quanto vai ser o crescimento brasileiro estão estimando quanto tempo vai ficar parado e como vai ser essa parada. Eu acho que nunca esteve tão difícil fazer previsão de crescimento, porque é um fenômeno muito diferente, muito novo, a gente não viu”, explicou o presidente do BC.

No final de março, o Banco Central já tinha anunciado a criação de uma linha de crédito no valor de R$ 40 bilhões para que pequenas e médias empresas (PME) façam pagamentos a funcionários, em meio aos prejuízos causado pela pandemia de coronavírus.

O crédito é destinado a empresas que possuem faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões ao ano, e será financiado por dois meses.

Os pagamentos serão realizados diretamente na conta dos funcionários e é limitado a 2 salários mínimos, de acordo com o presidente do BC. “O programa garante até dois salários mínimos. Se a empresa quiser, pode complementar”, disse Campos Neto em coletiva.

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As empresas que aderirem a essa modalidade não poderão demitir por 2 meses e arcarão com a dívida. “Existem custos altos de demissão. O custo de demitir o funcionário é, mais ou menos, equivalente a 3 ou 4 meses de salários. Então, se ele [empresa] demitir o funcionário, ele fica com a dívida. Todos interesses estão alinhados para que a empresa fique com o funcionário”, afirmou o presidente do BC.

A taxa de juros é de 3,75% ao ano, com carência de 6 meses e 36 meses de prazo. A estimativa é de que 1,4 milhão de empresas sejam beneficiadas. “Vale lembrar que 45% dos custos de uma pequena ou média empresa vem do pagamento de salários”, acrescentou Campos Neto.

A linha de crédito foi criada pelo BC, junto ao Ministério da Economia e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ainda de acordo com o presidente do Banco Central, esse programa visa estabilizar o custo de crédito para as empresas que são mais penalizadas no momento de liquidez menor no sistema.

Carlo Cauti

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