Dona do Casino tem “recuperação judicial” aprovada

A holding Rallye, que controla o grupo Casino, conseguiu a aprovação da Justiça da França para um plano de proteção contra credores. A medida é parecida com a recuperação judicial no Brasil. Assim, o objetivo é conseguir montar um plano para reestruturar as dívidas.

A Rallye controla o Casino, dono do Grupo Pão de Açúcar (GPA), que, por sua vez tem a Via Varejo como subsidiária. Além disso, estão entre as marcas do GPA:

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  • Pão de Açúcar;
  • Extra;
  • Casas Bahia;
  • Ponto Frio;
  • Assaí.

Atualmente, as dívidas da Rallye atingem os € 2,9 bilhões. Contudo, o Casino não entrará no plano de reestruturação de dívidas. Dessa forma, só o grupo tem cerca de € 2,7 bilhões em débito.

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Além disso, a Rallye também suspendeu as negociações das ações da holding e do Casino na Bolsa de Paris. Isso logo depois de as cotações serem as mais baixas. Os papéis da Raylle chegaram a serem cotados a € 7,60 esta semana. Por sua vez, os do Casino foram negociados a € 29,85.

Segundo analistas, o GPA não foi atingido com a proteção judicial da Raylle. Entretanto, o grupo se preocupa com as decisões que o Casino pode tomar em relação a ele.

Casino investigado

Além da preocupação com o pedido de proteção contra credores, o grupo Casino também é investigado pela Comissão Europeia por supostas práticas anticoncorrenciais. O varejista informou na quarta-feira (22) que representantes do órgão fizeram buscas e apreensões em suas instalações.

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“A investigação começou na segunda-feira e continuou na terça-feira”, informou um representante. De acordo com ele, a Comissão Europeia fez buscas nos prédios da empresa em Paris e Saint-Etienne.

O órgão é o responsável por fiscalizar as questões de concorrência na União Europeia. Assim sendo, a comissão informou que fazia buscas em duas empresas de varejo, contudo, não divulgou nomes. Desse modo, a operação foi realizada por membros da Comissão Europeia que, juntamente com representantes do bloco econômico, averiguou os locais.

De acordo com o órgão regulador, a investigação sobre supostas práticas anticoncorrenciais do Casino não tem um prazo definido legalmente para acabar. Assim, a comissão também salientou que vários fatores são influentes no tempo da operação.

Beatriz Oliveira

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