Dólar sobe 1% com aversão a risco global e espera de ata do Copom

O dólar volta a subir no mercado local em linha com a tendência global da moeda americana nesta segunda-feira (9). Pesam no ajuste também as altas dos retornos dos Treasuries de 10 e 30 anos em cenário de aversão a ativos de risco no exterior e as expectativas de um aperto monetário mais agressivo nos EUA.

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Às 11h34 desta segunda, no mercado à vista, o dólar subia 1,01%, a R$ 5,12, ante máxima intradia a R$ 5,15 (+1,62%). O dólar futuro para junho ganhava 0,89%, a R$ 5,16, após atingir o pico a R$ 5,19 (+1,50%) após a abertura dos negócios.

A economia chinesa apoia preocupação também, após o crescimento das exportações da China ter desacelerado novamente em abril, desta vez atingindo o nível mais baixo em quase dois anos. Na sexta-feira, 6, o dólar fechou em alta diante da cautela com um avanço rápido de juros nos EUA em meio aos dados mistos do relatório de empregos (payroll) do país.

A guerra entre Rússia e Ucrânia segue no radar também. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, tentou caracterizar hoje a campanha militar de Moscou na Ucrânia como uma “resposta forçada” pelas políticas do Ocidente e “necessária” para afastar uma possível agressão. Putin, que discursou durante parada militar na Praça Vermelha para marcar a vitória contra os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, traçou paralelos entre os conflitos do Exército Vermelho contra tropas nazistas e a ação das forças russas na Ucrânia.

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Embora tenha criticado fortemente o Ocidente, Putin não deu indicação de mudança na estratégica ou de que fosse declarar uma ampla mobilização, como alguns na Ucrânia e em países ocidentais vinham temendo.

A agenda de indicadores é fraca nesta segunda, mas deve ganhar força a partir de amanhã, com a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e, na quarta-feira (11), com o IPCA de abril, mesmo dia em que sai o dado de inflação ao consumidor dos Estados Unidos, o CPI. A semana traz ainda amanhã o IGP-M de maio e vendas no varejo de março, e na quinta-feira a pesquisa mensal de serviços de março.

“Iniciamos a semana atentos aos movimentos de Vladimir Putin, com a comemoração do ‘Dia da Vitória. Algo deve ser anunciado em relação à guerra da Ucrânia. No mundo, focamos na inflação e a resposta dos bancos centrais. Nos EUA já se fala em 0,75 pp de ajuste para a reunião de junho (15)”, informou o relatório da Mirae Asset.

Hoje o petróleo está em queda, mas acumula alta de mais de 43% desde janeiro tanto o Brent como o WTI.

Última cotação do dólar

Na última sessão, sexta-feira, o dólar encerrou o pregão em alta de 1,17%, negociado a R$ 5,07.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Poliana Santos

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