Dólar sobe por cautela fiscal e institucional e com exterior negativo

O dólar opera em leve alta diante do aumento da tensão entre poderes no País, dos riscos fiscais e inflacionário, além do cenário externo negativo. Dados da economia chinesa vieram abaixo do esperado no fim da noite de ontem, as tensões geopolíticas aumentaram e preocupações com a covid-19 pesam também nos mercados internacionais. Em Nova York, a moeda norte-americana avança e os juros dos Treasuries recuam, demonstrando maior busca de proteção.

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Às 10h20, o dólar à vista subia 0,03%, a R$ 5,24. O dólar para setembro ganhava 0,61%, a R$ 5,2965.

No mercado doméstico, os investidores compram dólar por precaução, após o presidente Jair Bolsonaro dizer no sábado que apresentará nesta semana ao Senado pedido de impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso. O Supremo Tribunal Federal (STF) evitou comentar. Mas parlamentares e políticos falam sobre chance de ruptura democrática pelo presidente Jair Bolsonaro e seu governo.

Na semana, a CPI da Covid realiza acareação entre o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, e o deputado federal Luis Miranda, que apresentaram versões diferentes sobre as supostas irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. O mercado doméstico também monitora a reforma do Imposto de Renda, com votação esperada na Câmara, e as discussões em torno da PEC dos precatórios.

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Em relação ao fiscal, o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, afirmou ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que o Congresso precisará discutir a PEC dos Precatórios com a “máxima responsabilidade”. Para a MCM Consultores, a PEC tem concepções problemáticas que poderiam funcionar como uma “engenhosidade perniciosa” para reduzir a transparência, burlar o teto de gastos e criar um orçamento paralelo.

Há pouco, o UBS BB anunciou corte na previsão de PIB do Brasil de 5,8% para 5,5% em 2021 e mantém em 2,5% para 2022.

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No front macroeconômico, a Pesquisa Focus do Banco Central mostrou há pouco deterioração na mediana das estimativas de IPCA para 2022, mesmo com simultâneo avanço nas medianas para a Selic. A projeção do IPCA 2021 passou de 6,88% para 7,05%, e para 2022, de 3,84% para 3,90%. Já a estimativa do IPCA 2021 atualizada nos últimos 5 dias úteis subiu de 6,94% para 7,12%. E a alta dos preços administrados chama ainda mais atenção, em 2021, passou de 10,89% para 11%.

Para a Selic no fim de 2021, a projeção na Focus passou de 7,25% para 7,50% ao ano e, no fim de 2022, de 7,25% para 7,50% ao ano. Para fim de 2023 e 2024, a estimativa permanece em 6,50% ao ano para o juro básico. A projeção do PIB de 2021 desacelerou de +5,30% para +5,28% e para 2022, de +2,05% para +2,04%. As estimativas de câmbio para 2021 e 2022 permanecem em, respectivamente, R$ 5,10 e R$ 5,20.

Última cotação do dólar

Na última sessão, sexta-feira (13), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,215%, negociado a R$ 5,2451.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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