Dólar reverte alta e opera em queda, com influência do exterior
O dólar reverte alta da manhã desta sexta-feira e opera em queda com o cenário externo influenciando o câmbio. Os dados do mercado imobiliário dos Estados Unidos animaram os investidores em todo o mundo.
Por volta das 15h40, o dólar tinha queda de 0,69%, negociado a R$ 5,67. A construção de novas casas nos EUA aumentou significativamente em março, após um declínio um mês antes, segundo dados do Departamento de Comércio do país divulgados hoje.
A construção iniciada de novas moradias aumentou 19,4% em comparação com fevereiro. Os economistas consultados pelo jornal Wall Street previam um aumento de 14%.
Na análise do diretor dos serviços financeiros, IBC Consulting, Leandro Araújo, esses dados categóricos.
“Tivemos uma surpresa positiva com os dados das construções de casas nos EUA em março. Falando em surpresa positiva, tem também a China que divulgou seu PIB, ficou ligeiramente abaixo da expectativa, mas ainda assim o resultado foi bem legal”, analisou Araújo.
O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 18,3% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2020, disse o Escritório Nacional de Estatística do país (NBS, na sigla em inglês). Essa foi a maior alta trimestral da série histórica, mas que ficou abaixo das expectativas do mercado.
Os analistas de Wall Street esperavam por um avanço de 19,2% na base anual. O resultado do período entre janeiro e março deste ano, contudo, superou por muito a alta interanual registrada no último trimestre de 2020, de 6,5%, quando a China já estava em recuperação da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Na margem, a economia chinesa registrou expansão de 0,6%. O resultado representa desaceleração em relação ao ritmo observado no quarto trimestre de 2020, quando houve crescimento de 2,6% nessa base.
No Brasil, foco no Orçamento 2021
O impasse do Orçamento 2021 ameaça o presidente Jair Bolsonaro perder base de apoio no Congresso ou perder seu ministro da Economia, Paulo Guedes. Lira alertou o presidente que o governo irá perder a base de apoio caso vete o projeto e não conseguirá mais aprovar nenhuma matéria no Congresso, incluído as reformas administrativa e tributária.
Por sua vez, o ministro Guedes voltou a defender o veto com argumento de que o Bolsonaro pode cometer crime de responsabilidade, podendo no futuro desembocar um processo de impeachment.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira (15), o dólar encerrou em queda de 0,75%, a R$ 5,62.
