Dólar cai com rali do petróleo e estímulos da China, mas cautela em NY limita ganhos

O dólar recua ante o real em meio ao rali do petróleo, que ainda subia cerca de 5% na manhã desta quinta-feira, 23, após sanções dos EUA a petroleiras russas. Também ajudam a impulsionar a divisa brasileira e pares emergentes os sinais de estímulos chineses ao consumo e expectativas de nova rodada de conversas comerciais entre representantes dos EUA e Pequim entre sexta-feira, 24, e segunda-feira, dia 27.

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As apostas em novo corte de 25 PB dos juros pelo Federal Reserve na próxima semana ainda ecoam também nesta véspera da divulgação do CPI dos EUA de setembro.

O vice-premiê chinês He Lifeng vai se reunir com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, na Malásia, entre amanhã e segunda-feira, durante cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).

No entanto, a cautela em Nova York em meio ao 23º dia da paralisação parcial do governo, alta do dólar frente outras moedas de economias desenvolvidas, em especial o iene, e o cenário fiscal no Brasil limitam os ajustes no mercado cambial. Dados de Arrecadação ficam no radar daqui a pouco (10h30).

O líder da minoria na Câmara dos EUA, Hakeem Jeffries, disse esperar que a paralisação do governo seja resolvida até o final de outubro.

No Japão, o iene é pressionado por expectativas de políticas expansionistas durante o governo da nova primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi.

Internamente, os investidores digerem ainda a aprovação pelo Senado do PLP 204/2025, que permite ao governo retirar até R$ 30 bilhões em despesas com investimentos nas Forças Armadas do teto de gastos do arcabouço fiscal e da meta de resultado primário nos próximos seis anos, com impacto já em 2025.

Além disso, sobre os sinais de inflação mais benigna no País, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou no fórum Econômico Indonésia-Brasil, em Jacarta, promovido pelo Apex-Brasil, que a inflação segue acima da meta e exige juros elevados por mais tempo.

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Também em Jacarta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que disputará um quarto mandato em 2026, defendeu o comércio em moeda nacional com a Indonésia e criticou o protecionismo às vésperas do seu possível encontro com o presidente americano Donald Trump, neste domingo. Lula disse que o Brasil oferece estabilidade fiscal, jurídica, política, econômica e social, além de previsibilidade, como bases para atrair investimentos estrangeiros.

Na China, os líderes políticos anunciaram que vão intensificar os esforços para tornar o país autossuficiente em tecnologia nos próximos cinco anos, conforme comunicado do Partido Comunista após reunião de quatro dias. O plano inclui ampliar a manufatura de ponta, criar um mercado nacional unificado, fortalecer o consumo e modernizar as Forças Armadas. Diante do envelhecimento populacional e das tensões com os EUA, Pequim aposta em inovação e avanços tecnológicos para sustentar o crescimento e garantir segurança nacional, mantendo a meta de expansão do PIB em torno de 5%.

Na Turquia, o Banco Central da Turquia (TCMB) reduziu suas principais taxas de juros em 100 pontos-base, levando o juro básico de 40,5% para 39,5% ao ano. As taxas de empréstimo e de depósito overnight caíram para 42,5% e 38%, respectivamente.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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