Dólar vai continuar em baixa? Goldman Sachs aponta queda para R$ 5,10; entenda

O dólar encerrou as negociações desta sexta-feira (22) em queda de 0,95%, cotado a R$ 5,42. No acumulado de 2025, a moeda já recua 13,97% frente ao real, após registrar alta superior a 27% em 2024.

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De acordo com relatório enviado a clientes, o Goldman Sachs projeta que o câmbio doméstico continuará em boa fase diante da moeda norte-americana. A instituição prevê que o dólar caia para R$ 5,20 no horizonte de três meses e alcance R$ 5,10 em seis meses, patamar que também deve ser mantido em 12 meses.

Quais fatores devem contribuir para queda do dólar?

Embora o real tenha se mostrado mais fraco em relação a outras divisas emergentes na última semana, o Goldman Sachs reforça que o diferencial de juros brasileiro é o maior do universo de moedas emergentes. “Esperamos que os retornos totais de posições compradas em real continuem positivos”, escreveram os estrategistas.

O banco destacou que, em agosto, o real superou outros desenvolvimentos de mercado, mas após os últimos movimentos, a cotação do dólar voltou a se alinhar ao cenário global.

Ainda assim, o real segue como uma das moedas favoritas em operações de carry trade, estratégia que se beneficia da diferença entre taxas de juros.

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Segundo o Goldman Sachs, o real mantém uma margem saudável de valorização, o que pode sustentar ganhos adicionais à frente. No curto prazo, porém, o comportamento do câmbio depende da relação entre Brasil e Estados Unidos. Uma intensificação das tensões poderia gerar pressões negativas sobre fluxos de investimentos.

“Em última instância, acreditamos que o impacto econômico direto da tarifa deve ser limitado, especialmente diante das isenções. No entanto, se a maior incerteza ou uma relação mais tensa com os EUA tiver efeito negativo sobre os fluxos de portfólio ou de investimento direto estrangeiro”, diz a instituição financeira.

Apesar desse risco, o banco não considera como cenário-base uma escalada mais forte nas divergências entre os dois países. Para a instituição, o movimento recente indica que, embora haja oscilações, a tendência de médio prazo ainda favorece a queda do dólar.

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Giovanna Oliveira

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