Dólar fecha em queda de 0,59% com mercado à espera da decisão da nova Selic

O dólar encerrou o pregão desta quarta-feira (17) em queda de 0,59%, negociado a R$ 5,586.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/05/Lead-Magnet-1420x240-1.png

Contudo, o dólar permaneceu nesta tarde em alta, com os investidores atentos às especulações sobre a decisão monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve).

A última vez em que o Copom decidiu pelo aumento da taxa foi em junho de 2015, quando ela passou de 13,75% para 14,25%.

Esse patamar foi mantido até 2016, ano em que o ciclo de queda foi iniciado. Naquele ano, a inflação estava galopante — foi o primeiro ano desde 2002 que o aumento de preços atingiu dois dígitos, a 10,67%. Neste ano, a preocupação é a mesma, mas em proporção diferente.

Suno One: acesse gratuitamente eBooks, Minicursos, Artigos e Vídeo Aulas sobre investimentos com um único cadastro. Clique para saber mais!

Com isso, confira as notícias importantes do dia:

  • Produção de petróleo e gás no Brasil cai 4,8% em fevereiro, diz ANP
  • Fed continuará a aumentar carteira de ativos em pelo menos US$ 120 bi por mês
  • Agenda do dia: decisão da nova Selic
  • Governo reduz em 10% imposto de importação sobre eletroeletrônicos
  • Fitch Ratings eleva previsão para crescimento do PIB global, de 5,3% para 6,1%

Petróleo

A produção de petróleo e gás natural no Brasil caiu 4,8% em fevereiro em relação ao mês anterior, registrando um total de 3,550 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) contra os 3,730 milhões obtidos em janeiro, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP).

A produção de petróleo ficou em 2,732 milhões de barris diários (b/d), queda de 4,9% em relação a janeiro, e a de gás natural somou 130,030 milhões de metros cúbicos diários (m3/d), frente aos 136,4 milhões no mês anterior (-4,7%). O pré-sal também registrou queda da produção, de 1,2%, para 2,596 milhões de boe/d no mês passado, e correspondeu a 73% da produção total.

Fed

O Federal Reserve (Fed) continuará elevando sua carteira de ativos em pelo menos US$ 120 bilhões por mês, sendo US$ 80 bilhões em títulos do Tesouro americano e US$ 40 bilhões em títulos hipotecários. O comunicado foi realizado nesta quarta-feira (17).

De acordo com o Fed, esta decisão será mantida até que um “progresso substancial seja feito em direção às metas de emprego e inflação” do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc).

A compra de ativos ajuda a promover o funcionamento regular do mercado e mantém as condições financeiras acomodatícias, “apoiando assim o fluxo de crédito para as famílias e empresas”, explica a instituição.

Decisão da nova Selic

A agenda do dia desta quarta-feira (17) conta, provavelmente, com os eventos mais importantes do mês. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) decide a nova taxa Selic, a “taxa oficial de juros brasileira”. Nos Estados Unidos, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) realiza a mesma decisão, definindo a nova taxa fed funds.

Após o segundo dia de reunião, o Banco Central do Brasil deve anunciar às 18h30 a nova taxa Selic. As projeções para o mercado divergem, mas, a maioria dos analistas, aposta em uma alta de 0,50 pontos percentuais, apesar de alguns apostarem – e cobrarem – ainda em um avanço de 0,75 pontos, por causa do avanço da inflação.

Impostos sobre eletroeletrônicos

O governo anunciou nesta quarta-feira  a redução do imposto de importação sobre eletroeletrônicos e bens de capital. A medida, que passa a valer em sete dias após a publicação da resolução, deve beneficiar empresas, na compra de máquinas e equipamentos para a produção, e consumidores, na aquisição de telefones celulares e computadores.

A tarifa de importação desses itens varia hoje entre zero e 16%. Com a decisão do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), a taxa máxima será de 14,4%. Já uma máquina que hoje paga 10% de imposto, por exemplo, passará a pagar 9%. Além disso, produtos que hoje pagam 2% de imposto terão a alíquota reduzida para zero.

PIB global

A Fitch Ratings elevou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2021, de 5,3% para 6,1%. Em relatório, a agência explicou que o principal fator que motivou a revisão foi a aprovação do novo pacote de US$ 1,9 trilhão em estímulos à economia dos Estados Unidos.

A instituição também melhorou as projeções para o PIB norte-americano (de 4,5% para 6,2%) e da China (de 8% para 8,4%), enquanto a da zona do euro ficou inalterada em 4,7%.

Última cotação do dólar

Na última sessão, terça-feira (16), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,36%, negociado a R$ 5,619.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/05/1420x240.jpg

Rafaela La Regina

Compartilhe sua opinião